Fruet reprovado em matéria de negociação com a Educação

Os
professores da educação infantil ainda lutam para ver a maioria das suas
demandas concretizadas pela gestão de Fruet. Após duas greves mobilizadas pela
categoria – uma ocorrida em 2013 e a outra em 2014 – educadores conquistaram a
aposentadoria especial após 25 anos de atuação em sala de aula, a consulta
pública nos Cmei e o plano de carreira, mas apenas este já saiu do papel para
ser implementado pela prefeitura.

Agora,
o Sismuc tem questionado a prefeitura não apenas a respeito da concretização de
todas as conquistas, mas também sobre o desconto em holerite de quatro dias de
trabalho dos servidores envolvidos na mobilização. Além do prejuízo financeiro
à categoria, o desconto expressa o desrespeito de Fruet frente ao direito à
greve e à organização dos trabalhadores. Como justificativa pelo abatimento, a
gestão explica que “o movimento foi judicializado, razão pela qual tais dias de
ausência ao trabalho foram lançados como falta”.

Porém,
o Sismuc explica que foi a própria prefeitura quem levou a mobilização à
justiça e forçou a autorização legal ao desconto, ferindo o direito histórico à
mobilização coletiva. “No início de seu governo, Fruet negociou mais de 15
processos judiciais de greve ocorridas na gestão anterior – a maioria deles
judicializados”, explica a coordenadora do Sismuc Irene Rodrigues. “Isso não
foi motivo para ele não se posicionar em favor dos servidores e vetar o
abatimento. Agora, numa greve ocorrida em sua própria gestão, sua recusa ao
diálogo é uma incoerência. Esperamos de Fruet a mesma atitude diplomática para
com os professores da rede estadual, que ele acolheu na prefeitura no massacre
de 29 de abril para protegê-los”, diz Irene. O Sismuc argumenta, também, que
até mesmo aquela greve estadual já foi negociada e não gerou descontos aos
professores envolvidos.