Basta de violência contra as mulheres

Eu, mulher, mãe, trabalhadora,
dirigente sindical representante na coordenação de Políticas para Mulheres do Sindicato
dos Servidores Público Municipal de Curitiba (SISMUC) repudio toda e qualquer
forma de agressão à mulher, pois é inadmissível a prática agressiva verbal e
física que as nós sofremos no decorrer de toda uma vida.

Hoje venho a público me manifestar
contrária a tais formas de agressão, pois isso é inadmissível.

Vivemos
em um país democrático em que a mulher não é ouvida.

Vivemos
em um país democrático em que a mulher não tem voz.

Vivemos
em um país em que nossos governantes não nos respeitam, não nos escutam, não nos
enxergam.

Vivemos
em um país machista em que a figura feminina só é reconhecida para dar prazer, ou
para ser espancada, pois somos o sexo frágil!

Vivemos
em um país que as mulheres são comercializadas como mercadorias, como se estivessem
em um açougue, pois muitas vezes somos estupradas, mortas, esquartejadas,
amordaçadas, vivemos em cárcere privado. Simples assim, parece que não somos
seres humanos, dignas de direitos e de respeito.

Basta!
Chega de tanta violência contra a mulher, em nosso país as mulheres sofrem
violências domésticas, violência no trabalho, nas ruas, em qualquer lugar, BASTA….
Não suportamos mais tanta violência.

70%
dos casos de estupro acontecem com crianças e adolescentes.

As
mulheres representam 89% das vítima de estupro.

A
cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil.

No dia 16 de
junho, Marcos de Oliveira Cunha foi preso no bairro Sítio Cercado, em Curitiba.
As investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam
que ele teria pagado R$ 2 mil para um adolescente matar a sua esposa, a
professora de educação infantil, Lucicleide Gouveia da Luz. O motivo? Machismo.

Será apenas mais uma vítima de
assassinato para aumentar a estatística?

Ou vamos mudar nossa cultura de
feminicídio, de machismo?