Prefeitura tenta confundir opinião pública contra servidores de Araucária

Durante todo o movimento grevista, a administração municipal promoveu forte campanha na mídia para confundir a população. Argumentos que os servidores divulgavam para explicar os motivos da greve eram distorcidos. Mentiras foram espalhadas pela internet, pela imprensa dócil e pelas televisões instaladas nos terminais rodoviários.

Precisamos restaurar a verdade. Convide a população para conhecer as reais condições em que são oferecidos os serviços

Mães, pais e responsáveis por estudantes devem saber como é o dia-a-dia das escolas e o que professoras, atendentes e demais funcionários precisam para assegurar ensino de qualidade.

Da mesma forma, nas unidades de saúde, é importante informar os usuários como a falta de pessoal prejudica o atendimento. Além de trabalhadores, a carência é por materiais de trabalho, como luvas, seringas, remédios, etc.

Compare as mentiras do governo com a realidade dos servidores

Prefeitura –Os sindicatos mentem quando dizem que os servidores estão com os salários defasados.
Servidores – As correções salariais têm sido feitas com atraso. O reajuste de 2013 só ocorreu em fevereiro de 2014, após oito meses de atraso – e porque os servidores fizeram greve. Em 2014, novo atraso, com pagamento em duas parcelas em novembro e dezembro. O mesmo ocorreu em 2015.

Prefeitura –As progressões por titulação estão proibidas por lei.
Servidores – Não é verdade. As promoções estão prevista na Lei 1835, de 2008. Há numa contestação no Tribunal de Contas, mas com respeito à lei municipal anterior, de número 673, de 1986. A Procuradoria Geral do Município emitiu parecer torto, feito para confundir. O parecer mistura as promoções diagonais da lei antiga, que de fato estão proibidas, com as promoções verticais da nova lei, que não são contestadas na Justiça

Prefeitura – Os sindicatos mentem quando dizem que a prefeitura não negocia.
Servidores –A última vez que Olizandro tinha recebido os sindicatos foi na greve de 2013. Somente agora, no sétimo dia da greve deste ano o prefeito se dignou a conversar de novo com os servidores. Neste intervalo ocorreram algumas reuniões, mas nenhuma trouxe resultados efetivos para o conjunto dos servidores. Apenas algumas reivindicações periféricas, para grupos restritos, foram atendidas.

Prefeitura – Desde 2013 os sindicatos são recebidos para negociar, sempre de formatransparente, com as contas abertas e a realidade à mostra.
Servidores – Os pedidos para a administração municipal apresentar números, dados, prognósticos e informações que pudessem favorecer a negociação das questões centrais foram sistematicamente negados.

Prefeitura – Os sindicatos mentem quando dizem que o servidor de Araucária ganha mal.
Servidores –Os trabalhadores lutam para que os seus salários não sofram arrocho. Muitos direitos estão sendo rebaixados, como o vale-alimentação congelado e a carreira estagnada.

Prefeitura – Hoje, o gasto com pessoal chega a 53% da arrecadação, o que impede o município de realizar concursos públicos e contratar novos servidores para atendimento.
Servidores – Araucária extrapola o gasto com folha de pagamento porque tem muitos cargos comissionados. O custo anual dos CCs é de R$ 16,8 milhões ao ano. Se o prefeito cortasse pela metade os cargos distribuídos a apadrinhados políticos, a despesa com pessoal cairia para 50% da arrecadação, bem abaixo do limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Prefeitura –Os sindicatos mentem quando dizem que a prefeitura não repassou o valor do Fundo de Previdência.
Servidores –Está na lei. É dever da Prefeitura pagar a maior parte das aposentadorias atuais, sem mexer na poupança que se está fazendo para o futuro. Em janeiro e fevereiro, o prefeito deveria ter repassado cerca de R$ 2,3 milhões por mês ao fundo. Enviou cerca de R$ 1,4 milhão. O FPMA teve que mexer na poupança, pondo em risco aposentadorias futuras.

Prefeitura – Os servidores estão com os benefícios em dia.
Servidores –Os benefícios em dia são o triênio e o quinquênio, que passaram a ser respeitados a partir da greve de 2013. As promoções estão atrasadas desde janeiro de 2013. A Lei Federal que estabelece a hora-atividade dos professores em um terço da jornada também não é cumprida.

Prefeitura –A Prefeitura é contra aumentar impostos, reduzir verba na saúde, na segurança e educação, bem como diminuir o número de servidores.
Servidores – Os servidores também são contra aumento de impostos. A categoria quer concurso público para haver mais servidores atendendo nos postos de saúde, cmeis e escolas. Os cortes têm que começar pelos cargos comissionados. Pode também cortar os altos gastos com propaganda.