Atrasa a votação do reajuste dos municipais

Não foi desta vez que os vereadores votaram o reajuste dos
servidores municipais de 10,36%, conforme o IPCA. O motivo do atraso da votação
foi o feriado de páscoa, que mudou o calendário das sessões na Câmara Municipal.
O compromisso é votar o índice nesta quinta (31) e sexta-feira, 1 de abril. Por
outro lado, com relação à conciliação das greves, a secretária de recursos
humanos Meroujy Cavet recuou da intenção de debater o assunto até dois de
abril. O Sismuc, por sua vez, cobra intermediação dos vereadores.

Ao usar o plenário da CMC, a coordenadora geral do Sismuc
cobrou a negociação das greves, um compromisso assumido por Gustavo Fruet em
2015, após veto da emenda dos vereadores. “Os vereadores se comprometeram de fazer a intermediação. Fruet prometeu
negociar. Mas até agora, nada. Nesta semana, a secretária de recursos humanos
recuou da intenção de negociar as greves. Ela disse que ia fazer lá pra frente.
O compromisso era dia 2”, declarou Irene. Na ata de reunião do dia 21 de março,
a partir da linha 33, está registrada a intenção de se discutir as greves: “Os
sindicatos cobram a negociação dos dias
da greve, pelo que a Administração sugere que o sindicato indique uma data para
tratar desse assunto até 2/4/2016”, registra.

O vereador e
líder do governo Paulo Salamuni informou ao Sismuc que entrará em contato com o
RH: “Eu vou
continuar em cima desse ponto. É o que falta para a gente fechar com chave de
ouro. Eu vou falar com a secretária”, se posicionou.

 Plano de
carreira

O Sismuc também cobrou a efetivação de planos de carreira e
que se honre compromissos com categorias como polivalentes, educação e saúde. “O sindicato também se preocupa pela
cidade e por pelos profissionais como os polivalentes. A categoria anseia por
um plano de carreira e correto enquadramento conforme suas habilidades”,
argumentou Irene, após o projeto de lei prever apenas a mudança de nomenclatura
para “manutenção”. Na educação, o sindicato cobrou a realização da hora
atividade e de condições de trabalho, pois Fruet está inaugurando cmeis, mas
não previu contratação de profissionais.

Na
pauta da saúde, Irene Rodrigues cobrou processo transparente para a progressão
de ASB e auxiliares de enfermagem. “A gestão tem divulgado que o sindicato tem
criado obstáculos para a transição. Isso é uma inverdade. Foi o governo que
criou critérios para excluir a maioria dos trabalhadores da saúde a avançar na
carreira e isso temos que questionar”, posicionou.

Municipais de Maringá, Araucária e SJP cobram reajuste

Os municipais de Curitiba também prestam solidariedade aos servidores de Maringá, Araucária e São José dos Pinhais. Nestas cidades, os prefeitos têm empurrado a crise para os trabalhadores. Em Maringá, o reajuste oferecido pelo prefeito Pupin é de apenas 5,54%. Já os servidores de Araucária entram em greve nesta quarta-feira (30). A paralisação ocorre porque a administração municipal se nega a debater o reajuste dos profissionais. Os municipais de São José dos Pinhais também ameaçam paralisação, uma vez que o prefeito Setim se nega a abrir mesa de negociação sobre o reajuste dos profissionais.