Presidente da Fessmuc assume com a missão de rejuvenescer sindicatos

Ágora: Fale um pouco sobre quem é o
Allyson. Sua carreira e como entrou para o movimento sindical?

Allyson
Nathan:
Nasci na cidade de Apucarana/PRc,
cursei Direito e atualmente curso Publicidade e Propaganda. Iniciei minha
militância como representante de base no Sindicato dos Metalúrgicos de Maringá
quando tinha 19 anos. Aos 21 ingressei no serviço público como técnico administrativo e assumi a presidência do
Sindicato dos Servidores Municipais de Mandaguari (Sisman) em 2012. Milito no
movimento da Juventude dentro da Secretaria de Juventude da CUT. Sendo que no
último ConCut fui indicado como um dos representantes do ramo na Direção
Nacional da CUT Nacional. Atuei também na Secretaria de Formação da Confetam.
Na última gestão da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais Cutistas do Paraná (Fessmuc), fiz parte da direção executiva, e nesse espaço
tive a oportunidade de rodar o estado coordenando os processos eleitorais dos
principais sindicatos do ramo, bem como na fundação de outros tantos, assim
consegui sentir os problemas e a realidade dos sindicatos municipais.

Ágora: Você é um jovem a assumir a
presidência de uma federação sindical em meio ao envelhecimento constante dos
dirigentes sindicais. Qual é, portanto, o desafio para os jovens no meio
sindical?

Allyson
Nathan:
Um dos desafios para os jovens é
que, especialmente no serviço público, o nível salarial é muito inferior ao do
serviço privado, assim sendo vários jovens ingressam no serviço público e
acabam não fazendo carreira por conta desses baixos salários. Porém, o grande
desafio que o jovem tem de enfrentar quando está no movimento sindical é a
desconfiança que os dirigentes que estão nas estruturas têm para ampliar
horizontes estabelecidos. É um desafio para cederem esse espaço, especialmente
os de decisão dentro de um sindicato, dentro de uma federação então, nem se
fala. A Confetam tem um projeto de empoderamento da juventude que vem sendo
levado à sério pelas federações, mas não é um empoderamento qualquer; existe um
investimento em formação sindical e política dos nossos quadros da juventude.

O
envelhecimento dos dirigentes sindicais se dá por duas vertentes: primeiro
porque é difícil manter o jovem no serviço público e segundo porque em vários
sindicatos os dirigentes acabam não abrindo espaço para a entrada da juventude.
Acreditando que é mais correto/fácil “formar” esse jovem na base e
quando o mesmo vai para o sindicato já não está mais tão jovem e o principal,
já está com os vícios sindicais dos “jovens há mais tempo”.

Ágora: Como dialogar com os jovens nos
locais de trabalho? Você considera que eles têm tido aversão ao sindicalismo?

Allyson
Nathan:
Um dos motivos da aversão do jovem
ao sindicato se dá por que em muitos sindicatos eles não se veem representados
por quem está nas direções. E essa falta de representação não se dá pelo
trabalho desse dirigente frente ao sindicato, mas sim com a forma com que o
sindicato chega a esse jovem.

O Sismuc e a APP Sindicato são expoentes em
comunicação sindical e devem ser seguidos como exemplos, muito porque as
secretarias de comunicação dessas entidades são tocadas por jovens: Soraya Cristina, que será a secretária de Comunicação da Fessmuc e Luiz Fernando Rodrigues, que até pouco tempo era o Secretário de Juventude da CUT.

A mídia burguesa tenta de todas as formas
ridicularizar e criminalizar o movimento sindical e de esquerda como um todo.
Nessa perspectiva o desafio do movimento é fazer o contraponto a essa mídia,
mostrando que o sindicato é um dos instrumentos de transformação e revolução da
sociedade e com isso aproximando o jovem que se encontra desacreditado do
movimento; muitas vezes, jovens esses que também são criminalizados por essa
mídia hegemônica e golpista.

Ágora: Quais são os desafios para os
municipais nos próximos anos?

Allyson
Nathan:
Nós temos greve pipocando no
Brasil inteiro. E essas greves acontecem por conta da falta de respeito que
vários gestores têm com os servidores. Então nosso primeiro desafio é não
eleger gestores que já demonstraram que são intransigentes nas mesas de
negociação. Outro desafio que bate à nossa porta são as OSCIP’s, as PPP’s e a
terceirização. Um primeiro experimento de “terceirização” da educação
começa em Goiás e ganha força em São Paulo. As terceirizações dos serviços de
limpeza pública, coleta de lixo já se tornaram praxe na maioria das prefeituras
do interior, que agora começam a querer terceirizar os serviços de saúde.

“A mídia burguesa tenta de todas as formas ridicularizar e criminalizar o movimento sindical e de esquerda como um todo. Nessa perspectiva o desafio do movimento é fazer o contraponto a essa mídia”

“A mídia burguesa tenta de todas as formas ridicularizar e criminalizar o movimento sindical e de esquerda como um todo. Nessa perspectiva o desafio do movimento é fazer o contraponto a essa mídia”

Nova gestão “Valorização, organização e luta” – 2016 a 2020

Presidente – Allyson Nathan (Sismman)



Vice-presidente – Antônio Carlos Nascimento (Sisjan)



Secretaria Geral Marlene da Silva (SerToledo)



Secretaria de Finanças – Clair Simões (Sisppmug)



Secretaria de Formação – Patricia Lima (Sismuc)



Secretaria de Comunicação – Soraya Cristina (Sismuc)



Secretaria da Mulher Trabalhadora – Cibele Campo (Sismmar)



Secretaria de Saúde do Trabalhador – Marcos Santos (SerToledo)



Secretaria de Relações do Trabalho – Jefferson Schiavon (Sismmar)



Secretaria de Juventude – Jonathan Farias (Sismuc)



Secretaria LGBT – José DoniseteGalieta (Sispumu)



Secretaria de Políticas Públicas – Antônia Ferreira (Sismuc)



Secretaria de Assuntos Jurídicos – José Maria Alexandre (Sispumu)



Secretaria de Meio Ambiente – Irene Rodrigues (Sismuc)



Secretaria de Igualdade Racial – Silvana Rêgo (Sismuc)



Secretaria de Organização – Juliano Soares (Sismuc)

9 de dezembro – Dia da/o Fonoaudióloga/o

Hoje, 9 de dezembro, celebramos o Dia da Fonoaudióloga e do Fonoaudiólogo, uma data que destaca a importância desses profissionais na promoção da saúde e na garantia de qualidade de vida para tantas pessoas. Paula Campos, servidora pública e fonoaudióloga

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