Luta contra o aumento da tarifa envolve o servidor público municipal

Início de ano e outra vez as ameaças de aumento da tarifa do
transporte surgem. Assim como ocorre em São Paulo, o receio de criminalização
do movimento também é sempre presente.

Nada disso é alheio ao servidor público municipal de
Curitiba, trabalhador usuário do sistema de transporte, seja na ida ao centro,
entre as periferias da capital, ou rumo à região metropolitana – impactado pela
quebra da integração do transporte.

O transporte é considerado um dos itens que mais pesa no
orçamento familiar, afirma Luis Castro,
integrante da Frente de Luta pelo Transporte.

Por conta disso, estudantes universitários e secundaristas encabeçaram, no dia 22 de janeiro, na Rua XV de Novembro, uma
manifestação contra o aumento da tarifa do transporte, sob a palavra de ordem de “R$3,80, nem tenta”. Amanhã (26) nova rodada
de mobilizações está agendada.

“Fruet prometeu na campanha do Fruet mexer na “caixa-preta”
das empresas do transporte. Agora (um possível aumento) para o servidor fica
pesado, enquanto os empresários estão enriquecendo”, denuncia Casturina Berquó, da coordenação do Sismuc, que compareceu ao ato. Casturina faz
referência ao fato de que a atual tarifa já é superfaturada e garante lucros
extraordinários para as empresas.

Às ruas

Matheus dos Santos, da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas
(UPES), afirma que as principais reivindicações, além do não aumento da tarifa
para R$ 3,80, são a reintegração do transporte entre Curitiba e região
metropolitana, o passe livre estudantil completo e a auditoria do contrato da prefeitura
com empresas concessionárias.

A manifestação foi convocada pela UPES, UNE e Frente de Luta
pelo Transporte. Um novo ato, com o apoio dessas entidades, é convocado para a próxima
terça-feira, 26, às 17h, com concentração na Boca Maldita.

“O movimento de hoje (22) foi importante para iniciar esta
campanha do ‘R$ 3,80, nem tenta’. Outra importância foi ver a vontade de
unidade de todos os setores progressistas, que estão na rua lutando pelo
transporte, com o propósito firme de que a tarifa não aumente e os contratos
fraudulentos sejam cancelados”, afirma Luis Castro.