A tentativa de enforcamento de uma auxiliar de enfermagem por
parte do marido de uma usuária foi objeto da reunião do Conselho Municipal de
Saúde, ocorrida na Unidade de Saúde (US) Bairro Alto, dia 15, com a presença de
17 entidades de trabalhadores da saúde. O caso despertou indignação na opinião pública.
O espaço teve a participação da servidora agredida, que
relatou o ocorrido. A trabalhadora encaminhou uma representação contra o
agressor.
“Nos relatos, ficaram evidentes os gritos e ofensas feitas
pelo agressor contra várias mulheres na unidade. Um caso grave de machismo”, condena
Giuliano Gomes, coordenador do Sismuc.
Ao lado deste caso, o objetivo foi debater também as constantes agressões
físicas e psicológicas que ocorrem em equipamentos da saúde de Curitiba.
Servidores de duas outras unidades estavam presentes, assim
como uma profissional da Saúde Ocupacional, falando sobre stress pós-traumático.
Uma das avaliações é de que a gestão errou ao expor a trabalhadora a uma
situação de desvio de função, informa Gomes.
Entre os encaminhamentos necessários, foram apontados um melhor
treinamento para lidar com essas situações, além de cobranças em relação à
segurança pública. “O Sismuc demanda que sejam revistos todo o efetivo e a
infraestrutura das unidades de saúde, para que não fiquem apenas duas trabalhadoras
fechando a unidade tarde da noite”, aponta Gomes.
Entidades de Trabalhadores de Saúde do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba:
SINDSAÚDE – SISMUC – ABO – CRO – ABEn – COREN – CREFITO – ACTOEP –
SINFOPAR – CRESS – SINFITO – CRN – CREF9 – CRF – AATO – AACS – SINDASC