Três fiscais da Prefeitura
trabalham em um local muito distante e precário. Em Fazenda Rio Grande, Região
Metropolitana de Curitiba (RMC), eles são responsáveis por fiscalizar e
registrar a balança da coleta de lixo da capital e de outras 18 cidades. O lixo
de Curitiba e RMC é levado para o aterro sanitário da Estre Ambiental, onde
trabalham os fiscais.
Seu escritório é uma cabine em
frente às balanças de pesagem dos caminhões de lixo que chegam. Cerca de 70
caminhões passam ali em frente todos os dias. “A empresa dá cadeira,
computador, água. Nosso salário e benefícios são pagos pela Prefeitura”,
explica um trabalhador, que preferiu não se identificar.
Na verdade, estão em um local que
recebe diretamente a fumaça dos caminhões. E ainda sofrem o risco de
contaminação devido ao líquido que escorre dos veículos, o chamado chorume. “As
empresas de coleta se recusam a limpar os caminhões para não perder
produtividade”, revela o mesmo trabalhador.
Por esses motivos, o maior pedido
desses fiscais é para que recebam o adicional de insalubridade, calculado pelos
próprios trabalhadores em 10 ou 20%. Uma medida necessária, devido aos impactos
que podem sofrer na saúde.