Por energia barata para o povo

O Seminário estadual Soberania e
Desenvolvimento, organizado em Curitiba pelo Fórum de Lutas 29 de Abril,
Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sindicatos, Plataforma Operária e
Camponesa para Energia, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), MST, entre
outras entidades. Integrantes da direção do Sismuc, Casturina Berquo e Juliana Mildemberg, também participam do seminário. 

Na parte da manhã de hoje (2), o
seminário apontou os riscos de privatização tanto no setor de energia, assim
como no setor petroleiro. Na mesa de abertura, Gilberto Cervinski, da
Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), afirma que
o risco de privatização da exploração de petróleo, é de que o povo brasileiro
terá dificuldade de resolver seus principais problemas.

“A Petrobrás e sua riqueza é
maior do que toda a agricultura brasileira, por exemplo. Estamos falando de uma
riqueza que representa dez por cento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Dizem que está falida, mas por trás há interesses para isso”, acrescenta.

Uma das principais mensagens é de
que a luta não é apenas dos sindicatos petroleiros. “Mas dos brasileiros. Os
petroleiros já enfrentaram em 1995, na luta histórica que impediu que fosse
privatizado”, afirma Cervinski.

Condições de produção energética

O Brasil tem as melhores
condições energéticas do mundo. Para ele, é possível no Brasil produção de
energia ao menor custo mundial. Noutros países do mundo, predominam fontes como
a termoelétrica, que envolve queima de carvão. “A lógica é essa, a energia está
entre as mais baratas do mundo para produzir. Mas a tarifa é a mais cara do
mundo. A diferença é o lucro do capital”, explica.

Por isso, no caso do ramo
energético, de acordo com Cervinski, não houve privatização do setor elétrico
na China ou nos EUA, mas nos países onde há hidroeletricidade, como é o caso
brasileiro. O dirigente do MAB alerta para o risco de privatizações de
estatais, caso da Copel, com o consequente aumento da tarifa.

Cervinski também faz a comparação
com o lucro do setor elétrico, dominado pelo capital dos bancos. “Quem mais
lucra no setor de energia são os bancos, mesmo no caso da Copel”, diz.

Impactos sobre os trabalhadores

Ulisses Kaniak, dirigente do Sindicato
dos Engenheiros do Paraná (Senge), apontou que, no caso da Copel, a energia
sempre foi barata para o povo. Recordou da ocupação por três dias da Assembleia
Legislativa do Paraná, no começo dos anos 2000, quando se tentou aprovar a
privatização da Copel.

Desde então, como afirma, a Copel
seguiu pública, mas sobre um novo marco regulatório. A regulação se deu em prol
de empresas privadas do setor. Este seminário como um todo fez uma dura crítica
contra a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que atua contra o povo. Kaniak
apontou também o aumento do número de acidentes, resultado dessa política. “Os
trabalhadores terceirizados morrem mais do que os outros, isso está comprovado.
Por isso as lutas estão interligadas, na luta contra o projeto PLC 30 das
terceirizações”, afirmou Ulisses Kaniak.

Alguém que se comprometeu conosco formalmente, que assinou a nossa Carta Compromisso, com as nossas pautas, ou alguém que poderá trabalhar contra a gente?   Está chegando a hora de escolher quem vai administrar a Prefeitura e a Câmara Municipal

Leia mais »

Nota de pesar: Renato de Lima Almeida Júnior

É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento de Renato de Lima Almeida Júnior, enfermeiro atuante na UPA Boa Vista, ocorrido no dia 2 de outubro, em decorrência de uma parada cardíaca. Reconhecido por seu compromisso com a

Leia mais »