O Sismuc lamenta o falecimento de Maria da Luz das Chagas e
estende a família e amigos os sentimentos dos servidores públicos municipais de
Curitiba. A verdade é que os trabalhadores denunciam há anos a falta de atenção
da administração municipal à Saúde Pública. Frente às condições de trabalho oferecidas
pela Prefeitura de Curitiba, a Equipe do Sistema Único de Saúde (SUS) faz com a
maior qualidade possível o atendimento à população. E repudiam a postura do
secretário municipal Adriano Massuda, que quer responsabilizar quatro de seus
funcionários pela falta de vontade política da gestão de Gustavo Fruet em
valorizar a saúde curitibana.
Nesse sentido, conforme requerimento enviado em 12 de
janeiro ao Promotor de Justiça da Saúde do Ministério Público do Paraná (MP-PR),
o Sismuc já questionava o fato de que a administração pública municipal não
realiza concurso público há mais de três anos. “Nesse interstício, implantou
horário estendido até às 22 horas em algumas unidades para suprir a demanda,
não se podendo olvidar o número considerável de aposentadorias e, ainda,
exonerações ocorridas no mesmo período. Assim, as consequências podem ser
observadas nas escalas de trabalho”, que, de acordo com o texto, estariam
sobrecarregando os trabalhadores ao ponto de se ter 5 pacientes para cada
profissional em algumas unidades de saúde. Naquela denúncia, foram citadas as
Unidades de Pronto Atendimento (UPA) CIC, Boqueirão e Campo Comprido.
Além da falta de pessoal, no mesmo requerimento, o Sismuc denuncia
a insuficiência de condições de trabalho básicas, como “copos descartáveis,
papel higiênico, fraldas geriátricas descartáveis, além da ausência de medicamentos
como plasil gotas e comprimidos, dexametazona creme, omeprazol cápsula, dentre outros”. O relatório deixa claro que
estas são apenas algumas das situações que preocupam a equipe do SUS curitibano
e o sindicato. Entretanto, desde janeiro, pouco foi feito pela administração
municipal para sanar esses problemas. A gestão fala em concursos para Médicos,
relevando o fato de que o atendimento à saúde é feito por uma equipe. De que
não basta ter médico à disposição se quem faz os primeiros socorros e o
procedimento de admissão médica são enfermeiros e técnicos em enfermagem.
Assim, o Sismuc e os trabalhadores da Saúde se colocam à
disposição do povo curitibano para somar forças em um movimento coletivo que
reivindique a melhora da Saúde Pública na capital paranaense. Para tanto, é
preciso exigir do Executivo municipal que se cumpram os preceitos básicos do
SUS, a Universalidade, a Integralidade e a Equidade do atendimento. E, para
isso ser colocado em prática pela Prefeitura, sobram palavras, mas falta
vontade política e planejamento estratégico.