Mais médicos e saúde na América Latina

Um relatório da Organização
Mundial de Saúde (OMS), em parceria Organização Pan-Americana da Saúde, aponta o aumento da
cobertura de saúde em 10 países da América Latina e Caribe. São mais 46 milhões
de pessoas tendo acesso a uma cobertura universal de saúde desde 2000. No entanto,
o relatório aponta que os mais pobres seguem sendo desprotegidos por causa de
investimentos mais em doença do que em prevenção.

O estudo concentra-se principalmente em 10 países: Argentina,
Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Jamaica, México, Peru e Uruguai.
De acordo o relatório, as desigualdades de saúde entre os países se deve ao fracasso
de alguns sistemas de saúde para lidar com a mudança das necessidades de saúde.

Países da América Latina e do Caribe, também
enfrentam novos desafios de saúde. Muitos desses países conseguiram ganhos
expressivos no nível e na equidade no acesso aos serviços de saúde materna e
infantil. É o caso de Curitiba. A cidade encerrou 2014 com o menor índice de
mortalidade infantil da sua história: 7,7 óbitos para cada mil nascidos vivos.
De acordo com a Prefeitura, “entre as melhorias realizadas no Programa Mãe
Curitibana que ajudam a explicar a queda estão a incorporação das novas
diretrizes nacionais da Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, e a implantação
da Política Nacional de Atenção Obstetrícia e Neonatal”.

Ampliar

A prevenção às doenças foi apontada como principal
sintoma da melhoria do atendimento. “A região tem aumentado seus gastos em
saúde e diminuiu a diferença entre ricos e pobres em uma série de resultados
importantes: a esperança média de vida aumentou significativamente, mais filhos
viverão para ver os seus primeiro e quinto aniversários, e menos mães estão
morrendo por complicações da parto “, disse à OMS Jorge Familiar, vice-presidente
do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.

Em 2014 foi aprovada uma estratégia regional para a
universalização da cobertura, tratando-a como direito fundamental. “As políticas
e estratégias nacionais que promovam o acesso universal à saúde e à cobertura
de saúde universal deve ser firmemente ancorada na premissa de que o gozo do
mais alto nível possível de saúde é um dos direitos fundamentais de todo ser
humano”, disse o Dr. James Fitzgerald, diretor de sistemas e serviços de saúde
da OPAS.

No Brasil, um dos grandes responsáveis pela
melhoria no atendimento foi o Programa Mais Médicos, do Governo Federal. Segundo
o ministro da Saúde Arthur Chioro, desde o começo do programa, cerca de 63
milhões de pessoas foram atendidas através da Atenção Básica.