Gestão insiste em Difícil Provimento no vencimento inicial de carreira

Hoje o Sismuc recebeu de representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e RH uma cópia da minuta do decreto que cria o Difícil Provimento e revoga o decreto 298, do IDQ residual. O sindicato avalia que o problema vai além do texto da minuta. O problema está nos valores. “Não dá pra mudar do vencimento do servidor para o vencimento básico do cargo só porque é mais conveniente para a gestão”, critica Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.

“Essa é a vida como ela é, em casa que falta dinheiro todo mundo briga e ninguém tem razão”, retrucou o gestor Erotildes Xavier. Essa foi a resposta da gestão para o arrocho salarial de trabalhadores que, muitas vezes, tem o financiamento de sua casa, carro ou apenas as despesas do mês corrente baseado no salário que recebia até novembro e não no vencimento básico de seu cargo. “A gestão está descumprindo mais um acordo com a categoria”, criticou Irene, referindo-se à promessa do secretário de saúde Massuda, que garantiu ao sindicato que não haveria perda salarial.
O cinismo da gestão foi o suficiente para encerrar a reunião por ali. Hoje à tarde, à partir das 14:00, a comissão da categoria se reúne com as assessorias econômica e jurídica do Sismuc para estudar o decreto e fazer simulações com contra-cheques. O que servirá de base para a avaliação que será feita na assembleia de hoje à noite.


Pendências
Anexa à minuta, veio uma tabela com os equipamentos da Prefeitura que terão direito à remuneração variável e o percentual que cada um deverá recber. Pela proposta, foram incluídas unidades que fecham mais tarde (às 22:00), além das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Mas o sindicato aponta, desde já, que ficaram de fora o Centro de Especialidades Vila Hauer e o Laboratório Municipal, equipamentos que devem constar na tabela do Difícil Provimento.