Fruet veta abono das faltas aprovada pelos vereadores

Alegando falta de competência dos vereadores de Curitiba, o
prefeito Gustavo Fruet decidiu vetar as emendas que abonavam as faltas dos
servidores públicos da Educação e da saúde. Segundo o secretário de governo Ricardo
Mac Donald, que representou o prefeito, houve vício de iniciativa. Contudo,
Fruet não vai mandar outra lei à Câmara Municipal abonando as faltas. O veto
ainda pode ser derrubado pelos vereadores.

Ao anunciar o veto das greves que envolveram os servidores
da Educação, do Magistério, da Saúde e da Defesa Social, o secretário afirmou
que em outros momentos os servidores se beneficiaram com abonos. “Houve vício
de origem. Mesmo assim, os servidores, em três oportunidades, tiveram faltas
abonadas”, minimiza. As greves abandonadas ocorreram em 2010, 2011 e 2012, além
das greves na gestão Fruet. Mac Donald ainda argumentou contra os abonos de que
as greves eram desnecessárias. “Entendemos que não tinha motivo para a greve,
pois sempre estivemos abertos ao diálogo”, completou.

A decisão política foi criticada pelo Sismuc. De acordo com
Irene Rodrigues, a gestão deve ser responsabilizada pelas paralisações: “As
greves saíram porque um decreto do prefeito “cancelou” uma lei. A
responsabilidade é da Prefeitura”.

Por outro lado, a secretária de recursos humanos criticou a
insatisfação dos servidores. “No momento em que os trabalhadores,
nacionalmente, têm perdas históricas, os servidores de Curitiba tem obtido
conquistas. A gente tem plano de carreira novo e ainda tem gente insatisfeita”,
argumentou.

Emenda dos vereadores

O veto pode ser derrubado pelos vereadores. A emenda, a
pedido dos sindicatos foi aprocada por 20 vereadores. A proposta foi
apresentada pela vereadora Professora Josete, e assinada também por Dona
Lourdes, Caca Pereira e Jorge Bernardi.

Reajuste

Embora tenha vetado as emendas, Fruet vai sancionar a lei
que trata do reajuste de 7,68% dos servidores municipais. A sanção ocorre nesta
semana. O pagamento em folha suplementar será no dia 15 de maio, com divulgação
no contracheque no dia 12. O reajuste está abaixo da inflação do período,
segundo o INPC, que gira em 8,4%.