A crise política pertence ao capital

Os cidadãos são bombardeados diariamente por notícias sobre
corrupção de políticos, dentro do serviço público e com a participação de
empresas privadas. Já o noticiário econômico enche a tela da TV, as ondas do
rádio, as páginas dos jornais e site com números sobre crescimento e Bolsa de
Valores. Mas a mensagem é a mesma: se a bolsa cai, a culpa é do governo. Se o
dólar sobe, a responsabilidade é dos governantes. Isso leva a sensação de que
basta trocar os políticos e privatizar as empresas que o problema está
solucionado. Só que não!

A crise que atinge os políticos e instituições no Brasil
também ocorre na América da Norte, Europa etc. E o responsável da crise é o
capitalismo. Foi esse o ponto de vista trabalhado no 1º Módulo de Formação do
Sismuc, realizado nos dias 24, 25 e 26 de abril. Com o tema, O Estado e o
Capitalismo, os formadores Eduardo Recker e Cesar Schultz mostraram como o
Estado é utilizado ao interesse do capitalismo e como tem sido o trabalhador
que tem pago pela desigualdade e injustiça social.

“Vemos a crise das instituições e dos políticos, mas se não
se discute o papel do estado e a quem ele está a serviço. A gente pode observar
e desmentir o senso comum que é apenas trocando todos os políticos que as
coisas melhoram”, esclareceu Recker.

Para o formador, a crise do capitalismo é mundial e são as
reformas no sistema que podem combater melhor ela. “O certo repensar o Estado e
realizar reformas que possam desvinculá-lo da dependência do capital”,
direciona. O próximo módulo do curso de formação ocorre dia 22 de maio e o tema
é “A História da Luta dos Trabalhadores”.