A definição da assembleia dos servidores da Saúde, ao final
do segundo dia de greve, apontou o encerramento da atual greve e a sequência de
lutas e mobilizações ao longo da semana.
O objetivo é pressionar a Prefeitura para que os prazos
definidos em mesa de negociação agora de fato sejam cumpridos. Atividades, concentrações e atos serão realizados ao longo da semana. O início das atividades é amanhã (dia primeiro), às 9h, em frente à Prefeitura.
A Prefeitura se compromete ao pagamento dos novos pisos em
atraso referentes a dezembro de 2014, janeiro e fevereiro de 2015. A data
limite é o dia 10 de abril, com os valores no contracheque do servidor apresentados
no dia 6 (segunda).
Nesse meio tempo, os servidores da saúde em conjunto
deliberaram não realizar mais horas extras neste final de semana e até que os pagamentos sejam realizados.
Sobre as horas extras – contabilizadas em uma pendência total de
cerca de 30 mil horas -, o acerto deve se dar em duas parcelas, a primeira já
paga em março, e a segunda acertada para o final de abril.
Em relação aos erros presentes nos contracheques dos
servidores, comissão montada para debater o assunto se reúne já no dia 6
(segunda-feira).
E a gestão se compromete a neste mês colocar em prática o
grupo de trabalho com vistas à implantação do Qualifica SUS no mês de maio.
Judiciário também deve
criticar a falta de pagamentos dos servidores
O setor jurídico do sindicato vai recorrer de ação judicial.
Ludimar Rafanhim, assessor jurídico do Sismuc, explicou que a luta dos
servidores foi contra o atraso nos pagamentos, o que faz dela legítima.
“A mesma justiça que diz que é ilegal uma greve vai ter que
dizer que não pagar os servidores também é ilegal”, defende Irene Rodrigues, da
coordenação do Sismuc.
Neste sentido, informa Rafanhim, a Prefeitura será acionada
pelo sindicato por improbidade administrativa.
“A Justiça não nos ouviu, não ouviu o nosso lado”, afirma
Irene Rodrigues.


