Novo calote. Esta é a percepção dos servidores da saúde após se deparem com mais um descumprimento de lei e decreto do prefeito Gustavo Fruet. Após adiar o pagamento dos servidores no final de 2014, o prefeito, diante de uma greve, assumiu antecipar os pagamentos do decreto 1385. Contudo, chegando ao prazo para honrar seu compromisso, mais uma vez os servidores ficam sem o pagamento. Leia a reportagem “Assembleia da Saúde pode retomar greve na quinta (26)“
No início, em maio de 2014, o prefeito Gustavo Fruet
sancionou a lei dos novos pisos de vencimentos básicos para o funcionalismo
municipal (Lei 14442/2014). Ao lado disso, os servidores tiveram acesso ao
reajuste à época de 5,38%.
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Contudo, no final de 2014, a administração municipal optou
pelo calote. Sinalizou que efetivaria os pisos mínimos nas tabelas salariais
até o mês de abril de 2015.
Foi feita então a edição do Decreto Municipal nº 1385, em 22
de dezembro de 2014, que suspendeu temporariamente a implantação de medidas de
incremento no vencimento básico dos servidores municipais.
http://rh24h.curitiba.pr.gov.br/noticias/pgnoticia.aspx?id=632
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O sindicato, com isso, protestou no mesmo dia e, logo depois,
houve reunião e o Sismuc se colocou contra qualquer alteração na Lei aprovada
pela Câmara Municipal. Não havia sentido na interrupção na Lei que a própria
Prefeitura havia aprovado, argumentava a entidade sindical.
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Essa discussão foi uma das razões que levou os servidores da
Saúde à greve do início de fevereiro de 2014. Com a greve, a Prefeitura sentou
em mesa de negociação com o Sismuc no dia 3 de fevereiro de 2015.
Ao lado da sinalização do pagamento de horas-extras, a gestão
também sinalizou para o dia 25 de março a atualização dos novos pisos
salariais. A greve foi então suspensa.
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Agora, novamente, acordos com a gestão não estão sendo
honrados. Mais que isso, “A gestão não quer cumprir as leis aprovadas em sua
própria gestão, bem como as leis aprovadas na gestão anterior, como é o caso da
Lei dos Dentistas, de 2011”, afirma Irene Rodrigues.