Na manhã de hoje (09), foi protocolado o pedido de devolução
do projeto que instituía o banco de horas no serviço público de Curitiba. A
informação foi comunicada pelo ex-presidente da Casa, Paulo Salamuni. Segundo o
vereador, o pedido de retirada foi feito pelo prefeito Gustavo Fruet.
O projeto havia sido apresentado à Câmara Municipal sem
debate com os sindicatos. Era uma alternativa da gestão de conter as horas
extras e manter o serviço funcionando. Contudo, o projeto de lei foi combatido
pelo Sismuc e demais sindicatos, pois entendia que precarizava o serviço e ia
criar mais falta de funcionários no futuro para atender a população.
Em virtude disso, os sindicatos protestaram em 8 de dezembro
de 2014. Com uma linguiçada em frente à Prefeitura, pediram a retirada do
projeto. Na oportunidade, a vice-prefeita garantiu que o projeto não seria
votado naquele ano. Neste mesmo dia os sindicatos se reuniram com o então
presidente da Casa, Paulo Salamuni, solicitando o impedimento do andamento do
projeto enquanto o teor não fosse dialogado com os servidores. Já em fevereiro
de 2015, na reabertura dos trabalhadores legislativos, o Sismuc, em mobilização
geral, voltou a protestar contra o banco de horas.
Um sindicato que luta
Para Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc, o pedido de
retirada do projeto é uma conquista dos trabalhadores. Para ela, os servidores
devem sempre estar atentos às lutas específicas por categoria e as lutas
gerais. “Essa é uma luta de todos os servidores, porque afinal de contas, a
implantação do banco de horas e do fracionamento de férias que pertenciam ao mesmo
projeto. Eles retirariam direitos do conjunto dos servidores de todas as áreas e
de todas as secretarias. Cabe agora, aos servidores continuar atentos e
organizados”, alerta Irene.