Movimento feminista vai às ruas por mais direitos

Os coletivos feministas de Curitiba e Região Metropolitana
devem fazer duas caminhadas nos próximos dias sete e nove de março. O objetivo
é trocar experiências e conscientizar tanto mulheres quanto homens sobre a
questão da violência e a hipersexualização da mulher. Já o Ministério Público do Paraná aborda o tema
no próximo dia 16 com a palestra sobre os “Aspectos práticos do
enfrentamento à violência de gênero: causas e origens da violência contra a
mulher”.

No sábado, 7, a marcha tem concentração na Praça Santos
Andrade. A proposta éinteragir com as
trabalhadoras e trabalhadores do centro da cidade, com atos que irão levantar
questões que afetam as vidas das mulheres. Entre elas; educação inclusiva,
direitos trabalhistas das mulheres, violência sexista, hipersexualização da mulher.

Já na segunda-feira, 9, a marcha tem foco no Poder Público, no Centro Cívico.
Uma das ações é protesto em frente do Tribunal de Justiça do Paraná para lembrar-se
da morte das meninas Raquel e Tayná. Elas foram assassinadas, mas os paradeiros
dos criminosos jamais foram descobertos, aumentando a sensação de impunidade,
como explica a feminista Meg Thai: “Há casos de homens que são inocentados de
agressões e até crimes quando o caso é familiar,Piraquara,
por exemplo, é a segunda cidade do país em violência contra as mulheres”,
alerta.

Dados do Ministério Público do Paraná registram cinco mil
casos de violência contra a mulher apenas no segundo semestre de 2014. 55%
desses crimes foram praticados por maridos e companheiros e 24% por ex-maridos
e ex-companheiros. Como enfrentar essa
situação é o tema de palestra no próximo dia 16 de março, no Auditório da Sede
do Ministério Público do Paraná (Rua Marechal Hermes, 751 – Centro Cívico –
Curitiba/PR), das 8h30min às 12h30min. O encontro, segundo evento no Facebook, “pretende
incentivar a reflexão sobre a relação entre o machismo e a violência contra a
mulher, a fim de suscitar um novo olhar sobre os padrões de masculinidade,
visando à prevenção da violência doméstica e familiar”.

Endurecimento
das leis

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei
8305/14, do Senado, que considera homicídio qualificado o assassinato de
mulheres em razão do gênero (feminicídio). A punição será de 12 a 30 anos de
prisão quando o crime envolver violência doméstica e familiar.

Pautas

– visibilidade transexual

– violência sexista

– hipersexualização da mulher

– aborto, religião e corpo

– reforma política

– violência no Paraná

Eventos Facebook

Mulheres em movimento mudam o mundo

Aspectos práticos do enfrentamento à violência de gênero:
causas e origens da violência contra a mulher