Professores obtêm avanços em reunião com representantes do governo

Há 17 dias a greve dos professores
segue com força, avançando na pauta e mantendo a mobilização. Hoje, depois de
uma manhã com 50 mil educadores nas ruas de Curitiba, além do interior do
Paraná, o comando de greve do sindicato estadual de professores (APP-Sindicato)
reuniu-se com representantes do governo do estado, entre eles Luiz Carlos
Romanelli (líder do governo na assembleia estadual) e Eduardo Sciarra (secretário-chefe
da Casa Civil).

No final da tarde, o presidente da
APP, Hermes Silva Leão, ao lado do comando de greve da categoria, fez o relato
da reunião. A orientação é de que a greve continua e deve haver avaliação dos
rumos do movimento em assembleia da categoria. O relato sobre a negociação elencou
pontos de avanço na reunião de hoje, entre as quais o compromisso por parte do
governo Beto Richa de não enviar para a Assembleia Legislativa projetos que
retirem direitos do funcionalismo.

Uma multidão de professores e também servidores estaduais acompanhava as falas do caminhão de som. Eles vieram de todo o estado e de
vários núcleos sindicais. Era o caso de Maria da Conceição, funcionária
de escola há 22 anos. Veio na noite anterior de Apucarana, região norte do
estado. De modo curto e grosso, ela resumiu o que muitos professores em frente
ao Palácio Iguaçu estavam pensando. “Queremos repasses de verbas e também que
não sejam cortados os direitos adquiridos”, disse.

No tema do porte de escola, uma das
principais divergências até o momento entre sindicato e governo, foi sinalizada
a retomada do patamar de 2014. Entre outras definições, de acordo com informações do jornal Gazeta do Povo, a maior
parte dos 29 mil professores contratados via Processo Seletivo Simplificado
(PSS), que atuaram na rede estadual ao longo de 2014, recebeu os valores
devidos pela rescisão de seus contratos, sendo que cerca de mil ainda devem
receber até o fim do mês devido a trâmites bancários, informa a APP-Sindicato.

Ao lado da representação do movimento
grevista, a reunião contou com a presença do Dieese. Para a entidade, haveria saídas
para pagamento dos professores, mesmo no momento de crise.