A Greve Geral da Educação estadual começou com cerca de 5
mil educadores concentrados hoje (09) em frente à Assembleia Legislativa do
Paraná (Alep) e ao Palácio Iguaçu, em Curitiba. Os servidores protestam contra
o pacote de maldades do governador Beto Richa. Os projetos de lei 01 e 02 de
2015 atacam direitos consolidados dos trabalhadores e impõem calote na
remuneração dos servidores.
Dentre os professores e
funcionários de escola, também estavam alunos que foram apoiar a greve e
servidores de outras categorias que também serão afetados, caso os deputados
estaduais aprovem os dois polêmicos projetos.
Ao longo do dia, sindicatos de
base estadual foram aderindo ao movimento. Saúde, agentes penitenciários,
Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas, Abastecimento engrossaram a
greve.
As negociações dentro da Alep
levaram o dia. O Fórum Estadual dos Servidores (FES), que reúne 16 entidades de
base do estado, e deputados da oposição receberam a informação de que o
governador deve apresentar um projeto substitutivo e recuar em algumas
propostas. A informação da Liderança do Governo aponta que o corte de anuênio e
quinquênios deve ser retirado. Mas o fim da Paranaprevidência, deixando oito
bilhões de reais na mão do Executivo, está mantido.
Uma reunião amanhã, às 09h,
entre deputados da base governista e representantes dos servidores discutirá as
propostas. Nesta terça, são esperadas mais de 20 mil pessoas em frente à Alep.
Caravanas de servidores chegam à Curitiba antes da abertura da sessão, que
votará em Comissão Geral os projetos do governo.
BOICOTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA
Estava programada para a manhã de hoje, uma
audiência pública no Plenarinho, convocada pelo mandado do deputado Professor
Lemos. Entretanto, quando o deputado chegou ao seu gabinete foi informado que
todas as audiências que haveriam hoje estavam suspensas. A audiência foi
realizada ao lado de fora da Alep, em cima do caminhão de som.