Greve dos trabalhadores da saúde repercutiu na imprensa

A greve dos trabalhadores da saúde vai sair mais cara do que
parece para a gestão Gustavo Fruet. É o que aponta relatório de uma empresa
especialista em Assessoria de Comunicação. A paralisação repercutiu nos
principais veículos de comunicação do Paraná, em sites, jornais impressos,
rádios, TVs e redes sociais. Foram veiculadas reportagens, além de entradas ao
vivo dos repórteres. Por outro lado, toda essa inserção fortaleceu a imagem do
sindicato e a pauta dos trabalhadores.

Levantamento da empresa entre os dias 28 de janeiro (após
assemblei geral) a 4 de fevereiro(dia seguinte a greve) apurou pelo menos 110
veículos tratando da greve. Isso equivale aproximadamente a R$ 1,1 milhão de
mídia espontânea gerada pelo Sismuc. “Chamamos de mídia espontânea qualquer
informação (notícia, reportagem, artigo, nota) publicada sobre a sua empresa,
sem que você tenha pagado para isso”, esclarece o jornalista e analista de
comunicação Rafael Lacerda.

Para se ter uma ideia do que representa este valor, a dívida
da Prefeitura de Curitiba com os servidores girava em torno de R$ 1,5 milhões,
sendo R$ 600 mil em horas extras e outros R$ 900 mil em vencimentos não
implementados. “Isso mostra que o prefeito e seu corpo de secretários erraram ao
apostar contra a greve. Ao não pagar seus servidores foi chamado de caloteiro.
O outro prefeito também preferia pagar pra ver contra os trabalhadores e o
resultado é que sequer foi para o segundo turno da eleição”, pondera Adriana
Claudia Kalckmann, coordenadora de comunicação.

Sismuc

A greve também aumentou a exposição do sindicato junto aos
servidores e a sociedade. A página do Sismuc foi visualizada 45 mil vezes (por
Internet Protocolo) em janeiro, sendo que 60% dessas visualizações foram de
novos internautas. Já o Facebook teve 54 mil clicadas (interações) em uma
semana. Apenas o vídeo em que os servidores ocupam a Câmara Municipal para
protestar contra o calote teve quase 13 mil visualizações. “Isso mostra que a
mobilização em nossos tempos vai muito além das ruas, elas se faz necessária
nas redes sociais e têm efeitos positivos quando atuamos de forma conjunta”,
conclui Adriana.