Plano de carreira dos educadores será votado na próxima segunda (1)

Vai à votação na segunda-feira (1/12) o Plano de Carreira, a
mudança de nomenclatura e a aposentadoria especial dos educadores. A data foi
confirmada pelo presidente da Câmara Municipal Paulo Salamuni e pelo líder do
governo vereador Pedro Paulo. Eles se reuniram com a representação do Sismuc e
com Elizabeth Helena Baptista Ramos, do Departamento de Informações
Educacionais. Na discussão, o sindicato cobrou emenda sobre o reajuste salarial
de 9,88%, que havia sido prometido durante a greve.

A votação ocorre em 1º de dezembro, às 9 horas da manhã. São
dois projetos tramitando na Câmara. Um deles trata do Plano de Carreira e da
aposentadoria Especial. Outro aborda a mudança de nome de educador para
professor infantil. No entanto, o sindicato ainda cobra mais um ponto de pauta.
Trata-se do reajuste de 9,88% dos educadores, que deveria ocorrer em dezembro
para aproximar a isonomia com o magistério.

“Foi um compromisso que a gestão assumiu em meio à greve e
não abrimos mão”, enfatiza Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc. “A
Prefeitura informou à população, através de carta e na mídia, que estaria dando
o recurso para valorizar os trabalhadores. Assim como ela encaminhou as leis,
deveria encaminhar o reajuste”, complementa a coordenadora de comunicação
Adriana Claudia Kalckmann.

O líder do governo, vereador Pedro Paulo, argumentou que
iria fazer consulta sobre o tema à Secretária de Recursos Humanos. No entanto,
não se comprometeu com a emenda: “Vou fazer uma conversa com a SMRH. Acredito
que exista problema de caixa, mas é preciso retornar ao assunto”.

Já o presidente da Casa ressaltou o caráter democrático para
argumentar que o assunto não está encerrado. “Nossas portas nunca estiveram
fechadas para qualquer tipo de negociação. No passado, havia dissimulações, mas
com a gente é no diálogo franco”, compara Paulo Salamuni.

Desconto da greve

Os educadores tiveram quatro dias de greve descontados. O
assunto foi abordado durante a reunião. O pedido é de que os dias paralisados
sejam repostos e os descontos desfeitos. Contudo, a diretora da Educação, Elizabeth
Helena Baptista Ramos, argumentou que os descontos são assunto para mesa de
2015 e que o magistério repôs os dias parados por causa dos 200 dias letivos,
mas que as faltam foram mantidas.

Emenda de 0 a 5 anos

Outra emenda do Sismuc é que se inclua no núcleo básico de
atribuições do cargo o atendimento ao “desenvolvimento integral da criança de
zero a cinco anos” (artigo 2º, do paragrafo 3º). Para o sindicato, “isso mantém
uma afinidade com a Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB) e a proposta
inicial da gestão”, argumenta Irene Rodrigues.

Votação

As leis de interesse dos educadores serão votadas já no
começo de segunda-feira. É muito importante a presença dos educadores. “É hora
de a gente retomar essa onda amarela. Vamos à Câmara com nossas camisas e
empolgação comemorar mais essa conquista” incentiva Irene Rodrigues. “Devemos unir não só na greve, mas em momentos
em que as conquistas se tornam realidade como fruto de nosso suor”, conclui Cáthia Almeida, coordenadora de OLT.