Seguem abertas as negociações para que a secretaria de saúde cumpra o que já prometeu. Com a presença da secretária de recursos humanos, Merougy Cavet, e de representantes da secretaria de saúde na mesa, o Sismuc questionou a perda de até 10% do IDQ para quem já tem o vencimento maior que os novos pisos salariais aprovados em maio. “Não pode haver diminuição dos valores recebidos”, defende Maria Aparecida Martins, coordenadora do Sismuc. A gestão se comprometeu a solucionar o problema, para que não haja arrocho.
A questão remete a 2013, quando a Prefeitura propôs incorporar até 10% do IDQ, manter outros 10% e transformar a diferença em difícil provimento. Em maio deste ano, anunciou o aumento dos pisos salariais, mas não revelou que, no aumento, já estava incorporando parte da gratificação. O problema é que quem já ganha o piso não teria aumento e, portanto, perderia a parte do benefício a ser incorporada. Já que os novos pisos entram em vigor em dezembro, o Sismuc cobrou compromisso da gestão para que o servidor não receba menos naquele mês do que em novembro.
Além disso, a gestão repassou a minuta do “novo IDQ”, mas não anexou textos específicos que são citados nela. Assim, trabalhadores não tiveram acesso a informações necessárias para tomar decisão. Representantes da secretaria de saúde presentes na mesa alegaram que os anexos não foram enviados porque ainda estariam em debate interno na gestão, mas a secretária respondeu que o Sismuc precisa participar do debate e que os textos devem ser enviados ainda hoje para destravar o andamento da pauta.
“Tivemos avanço, pois comprometemos a gestão a construir uma forma de não reduzir a remuneração para quem não tiver a gratificação incorporada”, aponta Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc. Logo que o sindicato cobrou que não pode analisar a proposta sem ter acesso aos documentos, a gestão se comprometeu a enviá-los ainda hoje.
ESF
Durante a negociação, Merougy insistiu na proposta de diminuir os vencimentos de alguns para aumentar um pouco o da marioria. Para a secretária, é injusta a gratificação. “Entendemos que é perversa a gratificação como foi feita. Nossa política é de incorporação”, defende ela. Só que o problema é a forma como está sendo apresentada a “solução” pela gestão, que propõe que os trabalhadores aceitem a proposta primeiro para só depois apresentar os números. “Sem informação, a categoria não tem como tomar qualquer decisão, por isso foi rejetada a proposta”, complementa Irene.
O Sismuc reiterou a decisão da Assembleia em rejeitar a proposta da maneira como ela foi apresentada pela gestão. “Primeiro, exigimos o cumprimento da promessa de isonomia para todos dentro da equipe, começando pelos enfermeiros. Uma vez restaurada a confiança de que a gestão vai cumprir o que prometeu, aí teremos condições de discutir as devidas incorporações sem prejuízo de quem já recebe”, explica Irene. Nisso, ficou marcada uma nova mesa para o dia 13 às 14:30 para dar encaminhamento às negociações antes da assembleia.
Por isso, a coordenadora Maria convoca: “é essencial a participação de toda a categoria na assembleia. Vamos sair da mesa de negociação e levar as propostas diretamente para os trabalhadores debaterem e tomarem decisão à noite no dia 13”.
Serviço
Assembleia da Saúde
Data: 13 de outubro
Hora: 19:00
Local: APP-Sindicato – R. Avenida Iguaçu, 880