Quem
saiu às ruas do centro de Curitiba na manhã de hoje, viu os servidores da Saúde
vestidos de branco, mas também de roxo, contra as péssimas condições de
trabalho nas unidades de Curitiba.
A mobilização contou com servidores das diversas
especialidades e das diferentes regionais. Eles manifestaram-se contra a
sobrecarga sofrida pelo trabalhador, devido à falta de concurso público, à
ampliação da política de terceirizações, à falta de leitos hospitalares em Curitiba.
A coordenação do Sismuc cobra da Prefeitura o cumprimento das
pautas definidas desde o início da gestão, além de recusar qualquer tentativa
de arrocho ou corte de direito dos trabalhadores. “A Prefeitura não pode ir na
contramão da História”, expressa Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.
“Os servidores se aposentam e não entra mais ninguém”,
exclama a servidora de ASB que se identifica como Leo. Ela atua na região Sul
de Curitiba. Protesta também contra a falta de material e remédios na sua unidade.
O mesmo sentimento é o de Maria Aparecida. Há 29 anos, ela trabalha
na rede pública, passou pelo trabalho em UPAs, Samu e hoje está na Estratégia
de Saúde da Família (ESF) e, de acordo com ela, apresenta más condições de
trabalho. Para piorar, a servidora soma-se à crítica contra proposta da gestão de
fatiamento da incorporação das gratificações do ESF.
Houve também solidariedade à mobilização por parte do
Conselho de Odontologia, dos trabalhadores fiscais, entre outros.
Como resultado do ato, os servidores devem reunir-se com a
gestão no dia 26 (sexta-feira). Caso não haja solução para os problemas
apresentados, a Saúde aponta paralisação. Dia 13 de outubro, assembleia está
agendada para deliberar sobre as ações do movimento.