Acampamento de famílias afetadas por imobiliárias mantém mobilização

Organizado há duas semanas em frente ao Fórum de
São José dos Pinhais, o acampamento formado pelas famílias prejudicadas por
imobiliárias e incorporadoras não arreda o pé.

Os organizadores do movimento estimam que há
pelo menos quatro mil ações na Justiça com o pedido de revisão de contratos a
imobiliárias e incorporadoras. Ao todo, são cerca de doze imobiliárias de
Curitiba e região metropolitana. As famílias, por sua vez, vivem em diferentes
bairros e comunidades, onde são ameaçadas de despejos forçados.

De acordo com informações, os terrenos foram comprados há cerca de 20 anos e, por causa de juros
abusivos, não foi possível honrar as dívidas.

De acordo com lideranças, as prestações dos
imóveis onde moravam teve incremento percentual todo mês, o que ao longo de
anos tornou inviável o pagamento. O número de famílias lesadas na cidade e na
região metropolitana pode ser  maior.

Em conversa com a Imprensa do Sismuc, que visitou o acampamento na noite de quinta
(12), as lideranças do movimento prometem seguir acampadas em frente ao Fórum.
As primeiras mobilizações estão dando resultado, tanto no impedimento de
famílias serem despejados, assim como na pressão para as imobiliárias negociarem. “É importante toda a solidariedade e o apoio das entidades que vêm ao acampamento”, afirma Carlos, uma das lideranças locais.