Na reunião com Marcos Cordiolli, presidente da Fundação
Cultural de Curitiba, o centro do debate foram as remunerações do servidor não
incorporadas ao salário.
Cordiolli defendeu que as gestões anteriores são responsáveis
pela falta de critérios nas remunerações e na gratificação dos servidores. A
definição da mesa de negociação ficou pela necessidade de um novo organograma,
para acabar com as disparidades de funções e de salários presente hoje na
Fundação.
Com isso, a gestão teve acordo com a formação de um grupo de
trabalho bipartite entre gestão e sindicato. A comissão contará com a presença
de servidores eleitos em assembleia.
“Queremos formar um grupo que sente com a FCC e, a partir da
base, ver o que precisamos. Não queremos a lógica de esperar para saber o que
precisamos fazer. Saúde e Educação estão conquistando a partir de mobilização. O
Plano de Carreiras é muito bom para quem vai entrar, mas precisamos ver as
situações específicas do quadro atual”, conclama Adriana Kalckmann, coordenadora
do Sismuc.
Cordiolli comprometeu-se em mesa com a realização de concurso
e plano de remunerações. “Precisamos de novo plano de remunerações, precisamos
de concurso com urgência, que entenda toda essa diversidade, e ter os programas
de financiamento de nossas ações”, comprometeu-se Cordiolli.
Regulamentação das
gratificações
A previsão da entidade é a realização de concurso no final de
2015, quando, no caso, haveria abertura de funções gratificadas para os
funcionários de carreira.
A Prefeitura reconhece em mesa a importância do plano de
cargos e carreiras e a necessidade de concurso específico da Fundação, de
maneira a aumentar o atual quadro de 280 servidores, que atende 110 espaços
culturais. O que, de acordo com a FCC, demanda mais funções gratificadas que
outros espaços, pelo número de gestores dos espaços e suas atividades.
Presença do sindicato nas
negociações
O Sismuc criticou a realização de reuniões entre
administração e servidores sem a presença do sindicato, o que se configura como
prática anti-sindical, na avaliação de Adriana Kalckmann, coordenadora do
Sismuc.
O central, para ela, é a inserção dos atuais servidores
dentro da proposta do Plano de Carreira. Há um impasse na situação do servidor
devido ao número grande de quadros oriundos de outras secretarias e que já estão
há mais de 10 anos no trabalho cultural. Os trabalhadores da Fundação chegam a
desempenhar diferentes atividades no espaço, somando também acúmulo de funções.