“Fundação não é privatização”, argumenta Massuda.

A maneira como as Unidades de Pronto Atendimento foram implementadas em Curitiba é considerada errada pelo secretário de saúde Adriano Massuda. Para ele, a UPA não está articulada com as demais estratégias de atendimento à população. “É necessário corrigir a relação com o distrito. Ela é urgência e emergência, não para baixa a complexidade”, pensa.

Uma saída seria aumentar a representatividade da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (FEAES) como a entrada de trabalhadores nas UPAs. Sairia os auxiliares de enfermagem e entraria o modelo de recepção. “Fundação não é privatização, pois ela é da Prefeitura. Antes, a maternidade Bairro Novo era gerida pelo Evangélico. Hoje, as contratações são via governo”, separa Massuda.
Contudo, o secretário admitiu que o modelo de contratação é diferente. Prioriza-se o regime celetista ao estatutário. Ponto que preocupa o sindicato. “Nós queremos participar de qualquer mudança na organização dos equipamentos. Queremos discutir se é um processo irreversível ou se pode adotar outra política. Estatização ou não, a segurança para desenvolver o trabalho com a população passa pela estabilidade do concurso público”, argumentou Ana Paula Cozzolino.

Os gestores municipais afirmaram que a reestruturação está em análise, mas que nada está fechado e que os trabalhadores serão consultados. Massuda desmentiu boatos de que os servidores seriam deixados de lado. “Só sai da Unidade quem quiser. Ninguém vai ser testado ou ter alterada característica de trabalho contra a vontade. O pessoal veste a camisa do SUS. Aqui a gente conta muito com nossos trabalhadores”, amenizou.