A comunidade árabe de Curitiba e os movimentos sociais realizaram ato contra o que consideram o massacre de crianças na Faixa de Gaza. Os protestos são contra o Estado de Israel, que no último mês matou mais de mil pessoas, a sua maioria crianças e mulheres, na tentativa de atingir membros do grupo Hamas. Ao longo da caminhada, que partiu da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita, os manifestantes pediam paz, liberdade e o fim do massacre de crianças.
Para o líder religioso da Sociedade Beneficente Mulçumana do Paraná, o ato é um alerta para a população curitibana contra a política sionista que tem matado inocentes. Gamal Oumari pede o fim da insanidade contra um povo. “Não é uma guerra, mas um genocídio. Não houve contra-ataque de Israel e sim um pretexto (a morte de três jovens em Hebrom) para limpeza étnica. Escolas da ONU, mesquitas, hospitais estão sendo atingidas”, relata o religioso.
Em três anos, a região sofreu seis ataques israelenses. Sendo que o último ataque que dura 15 dias já teria matado mais de mil pessoas. Nesta semana, mas uma escola da Organização das Nações Unidas foi atingida pelos bombardeios. Ação que provocou indignação da comunidade internacional. “Isso é uma afronta a todos nós, uma fonte de vergonha universal. Hoje o mundo está em desgraça”, disse o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Pierre Krähenbühl, ao visitar o local atingido. Uma avaliação inicial indica que a artilharia israelense atingiu a escola da UNRWA pelo menos três vezes. No local estavam 3.300 pessoas em busca de refúgio.
Reivindicações
No protesto, além de parar com os ataques, as pessoas clamam pelo dialogo. “Em 1948, Israel ficou com 51% do território contra 49% dos palestinos. Hoje, Israel já tem 78% do território. Não se respeitou o acordo de paz. Nós pedíamos (atualmente) a ajuda humanitária e econômica, o fim do bloqueio a Gaza, o respeito e a garantia de retorno dos refugiados palestinos e a libertação dos encarcerados, principalmente as crianças”, clama Gamal.
Jornal do Sismuc
O Jornal do Sismuc deste mês realizou entrevista com o professor e historiador Fábio Bacila Sahd. Na conversa ele aprofunda os temas do protesto e o pedido de independência do povo palestino.