Terceirizações na Fundação Cultural de Curitiba. São necessárias?

Em alguns segmentos tais como música de orquestra, Casas de Leitura, cursos de Artes, entre outros, a Fundação argumenta necessitar de pessoas em um regime de contratação que não seja via concurso. O Sismuc, por sua vez, reforçou a crítica à gestão, mesmo que as terceirizações sejam consideradas pela gestão casos restritos na FCC. 

“Nem a partir de parcerias, nem de terceirizações é possível misturar público e privado. A transparência e ética no serviço público têm que existir”, reforçou Adriana Kalckmann, coordenadora do Sismuc. 

Quando cobrado a respeito do ICAC, inicialmente previsto para os músicos da Fundação, mas que ampliou-se para as Casas de Leitura, o presidente da FCC afirmou-se contrário às terceirizações e ao menos sinalizou possibilidade de contratação via chamada pública:

“Não houve aumento da terceirização. As casas de leitura surgiram dentro do ICAC e não na Fundação Cultural. O problema é esse: não temos hoje funcionários nas Casas de Leitura oriundos da Fundação. Pelo tamanho da fundação, jamais vamos conseguir uma fundação 100% sem terceirizações”, afirma Cordiolli.   

Fundação Cultural de Curitiba defende 1% de investimento em cultura municipal

A lista de pautas dos servidores municipais defendem o investimento de 2% dos recursos do Orçamento Municipal para a Cultura. De acordo com Cordiolli, hoje em dia o orçamento destinado à área atinge de 0,6 a 0,8%, dependendo da metodologia usada. Em 2016, consta no programa da atual gestão da Prefeitura o alcance de 1% de investimento. 

Foi relatado em reunião problemas com o mobiliário da Fundação, o que se reflete em problemas ergonômicos para o trabalhador. Além disso, a pauta da eleição de diretores da Fundação Cultural foi recusada pela instituição.