Os educadores municipais de Curitiba decidiram, em assembleia, manter a greve começada no dia 18 de março. A manutenção da greve se deve a ausência de propostas concretas para melhorar a educação. Mais uma vez, o governo Gustavo Fruet, através de seus secretários, não apresentou condições que trouxessem igualdade de direitos entre os professores municipais e os educadores. A gestão insiste em apenas trocar o nome de nossa profissão para professor de educação infantil, sendo que a mudança de nomenclatura não traz a isonomia que reivindicamos.
A decisão de manter a greve ocorre por entender que os educadores precisam ser valorizados imediatamente. Infelizmente, ao contrário de negociar, o prefeito Gustavo Fruet preferiu ir à justiça pra determinar a greve ilegal. Curiosamente, essa mesma justiça não considera ilegal a desigualdade entre os trabalhadores com relação à jornada e ao salário, a não eleição de direção, a falta de aposentadoria aos 25 anos de trabalho, a falta de vagas nos cmei’s, o descumprimento da hora-atividade de 33% que possibilita o planejamento das atividades com as crianças e o problema da evasão profissional.
Pra gente, determinar a greve ilegal, na verdade, é imoral. Por isso, a decisão unanime da assembleia foi pela manutenção da greve. Já o processo judicial e a multa serão analisados pelo departamento jurídico sindical.
Mais uma vez, em greve para melhorar a educação em nossa cidade, os educadores pedem seu apoio. Chegou a hora de a população também tomar as ruas e mostrar aos governantes que querem respeito, que estão cansados de promessas e artimanhas para não conceder aos trabalhadores a melhoria da sua qualidade de vida e da população.
Se tem pra Copa, tem que ter pro povo.