Tudo pronto para a greve de terça (18) dos educadores e educadoras. Os próximos dias devem ser de mobilização da categoria e conscientização de pais e da sociedade no geral.
A greve será por tempo indeterminado. Como os caminhos de negociação com a Prefeitura foram esgotados, a greve termina apenas com propostas concretas para os problemas dos educadores.
A primeira definição da assembleia de hoje (13) apontou que o local de concentração da greve será na Câmara de Vereadores de Curitiba, a partir das 9 horas. De lá, haverá uma caminhada em direção à Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC).
“Temos que defender a nossa carreira de educador, por isso estamos indo às ruas”, defende uma servidora, em fala durante a assembleia.
Lutar sem medo de intimidação
Ludimar Rafanhim, assessor jurídico do Sismuc, reafirmou a greve como um direito do servidor público e a participação do educador não deve ser punida pelas chefias.
“Ameaças sempre existem. Mas qualquer arbitrariedade deve ser levada ao sindicato para tomar as medidas cabíveis”, afirma Rafanhim. Na avaliação do assessor jurídico, o desconto dos dias deve ser objeto de luta para que não ocorra.
Rafanhim afastou também o risco de quem está em estágio probatório. Mesmo no caso da licença-prêmio, é possível também participar do movimento. Com isso, a assembleia transmitiu o contexto em relação ao direito de greve, afastando o discurso de medo das chefias e mostrando que a greve é justa.
Espaço democrático de decisão
Foi reforçado que a assembleia é o espaço consolidado de definições dos rumos do movimento grevista dos educadores. “Vindo uma multa de 1 real ou de R$100 mil por dia (para o sindicato), quem decide (os rumos da greve) é a assembleia, independente das ameaças, quem decide são os educadores organizados”, afirma Irene Rodrigues, da coordenação do Sismuc.
“Havíamos dado um prazo para a Prefeitura, que não se pronunciou. Agora, independente de ameaça ou promessa, dia 18 todos estão mobilizados, afinal o tempo para dar a resposta a Prefeitura já teve”, reforçou Adriana Kalckmann, da coordenação do Sismuc.
Comissão de mobilização
Ao final da assembleia, as educadoras dividiram-se por regionais para a mobilização e organização dos servidores. Confira as referências de nomes de organização nas regionais:
Natel (Cajuru). 96619268
Eduardo (Santa Felicidade). 96619265
Patrícia (Boa Vista). 99321715
Cathia (Bairro Novo). 96619305
Juliano (Matriz). 99322170
Soraya/Irene (Cidade Industrial – CIC). 99321492/ 96618951
Everson (Pinheirinho). 96619263
Diana (Portão). 99322999
João (Boqueirão). 97531001
Comissão em mesa de negociação
Com representantes de todas as regionais e integrantes do grupo técnico de trabalho, foi reestruturada a comissão que tem a tarefa de representar os educadores em mesa de negociação.
As integrantes eleitas para a comissão devem participar do curso sindical de formação em mesa de negociação, cuja segunda etapa será realizada pelo Sismuc entre os dias 14 a 16 de março.