Denúncias repercutem na Secretaria Municipal de Trânsito

Mauro Ribas de Moura, motorista da treg-7, unidade de implantação de sinalização viária, apresenta documentação de denúncia em relação às condições de trabalho na Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). 
 
No dia 08 de janeiro, o Sismuc fez a primeira matéria sobre o tema, sobre a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e ausência de capacitação adequada de trabalhadores lotados na Setran – trabalhadores que, na realidade, são funcionários da Urbs ou mesmo polivalentes da Prefeitura. (https://sismuc.org.br/post13615). 
 
Agora, as críticas envolvem denúncia de pressão das chefias, ao lado da própria dificuldade em executar a tarefa. “Um trabalhador dirige e dois vão na cabine (do caminhão). Entre os problemas que enfrentamos, está a dificuldade de operar e até o risco de jogar água nos pedestres”, elenca Moura.  
 
Ida à unidade
 
No dia 10 de janeiro, o Sismuc participou de reunião na unidade de implantação de sinalização viária, local conhecido como “setor de placas”, localizado no CIC. Após as repercussões na sociedade, a reunião foi convocada pelo Sindiurbano, com a presença de técnico de segurança da PMC e do Setor de Benefício da Urbs. 
 
Ficou definido que a PMC deve enviar a definição de procedimento do trabalho até o dia 14 (terça) a tarde, documento que deve ser encaminhado para cada sindicato, para definição de normatização de atividades. 
 
Na reunião também ficou sinalizado que tudo fica parado até que os procedimentos sejam definidos. A princípio, caminhões de limpeza de placas descansam na garagem até o dia 14.  
 
Do jeito que está não dá 
 
Reportagem da RIC TV do dia 6 de janeiro de 2014 aponta ainda que, em caso de acidente, a responsabilização acaba sendo para o motorista contratado. 
 
 “Daquela forma não se pode fazer, orientamos para o caminhão não sair nessas condições. É um serviço para se fazer ou à noite ou ao final de semana e os materiais não são adequados”, Everton Nogueira, da direção do Sindiurbano. 
 
Situação concreta 
 
Mauro Ribas de Moura aponta que cerca de 70 trabalhadores trabalham no departamento de sinalização viária. Possuem diferentes vínculos de trabalho, daí a dificuldade de organização. O trabalhador aponta também que há insatisfação entre os funcionários lotados para a atividade.
 
O entrevistado relatou pressão das chefias e ameaças sobre os trabalhadores. “Eu resolvi protestar porque há quatro anos estamos nessa situação. Mandei email para os secretários mais recentes. Nenhum deles resolveu, daí eu resolvi dar um basta”, reclama. 
 
O trabalhador elaborou documento protocolado na PMC e dirigido para Luiza Simonelli, atual secretária da Setran, no qual levanta os problemas elencados acima. Os documentos serão protocolados também no Ministério Público do Trabalho. 
 
Falta de materiais e EPIs 
 
“Das condições insalubres destacamos a falta ou precária manutenção dos veículos próprios como os pneus carecas, motor que recentemente foi feito e quebra, carrocerias podres, falta de Giroflex, falta de manutenção na plataforma hidráulica, falta de uniformes, falta de copos descartáveis, constante falta de água para as equipes de rua, ferramentas para serviços mais pesados (matelete, gerador de energia, cavadeiras, alavancas, etc.), falta de agentes de trânsito em alguns locais, cones sujos e velhos, fôrmas de pintura sucateadas, e mais”, informações que constam no documento “Protocolo: 07-004392/2013”, direcionado à Superintendência do Detran, elencando a falta de equipamentos no local de trabalho.