O Plebiscito Popular e as tarefas da Juventude

O dia 13 de dezembro de 2013 foi digno de um momento histórico, em que estava a militância verdadeiramente animada pela possibilidade de abalarmos as estruturas políticas desse país. É com esse entusiasmo que o lançamento do Plebiscito Popular sobre a reforma política foi lançado. A sensação que tenho é de que junho não terminou (e não deverá terminar tão cedo).

As discussões e análises levaram os movimentos sociais a entenderem que, quem não apostar na juventude, pode perder o bonde da História e irá envelhecer junto com esse sistema que não nos representa.

Os sinais de que as mudanças estão ocorrendo estão frente aos nossos olhos. A importante iniciativa do maior partido de esquerda (PT) em abrir espaços para a juventude é apenas um desses sinais. No entanto, muito menos que nos acomodar com esse cenário, teremos que assumir a responsabilidade e a tarefa de levar adiante essas mudanças.

Os movimentos de juventudes vêm acumulando energia desde o processo de conferências, amadurecendo com isso as suas pautas e articulação. Um bom exemplo disso foi a articulação das lutas das juventudes no CONUNE, e  é lógico esse acúmulo não foi suficiente para que junho tivesse o teor político que tanto almejamos.

É nossa tarefa ampliarmos essa articulação para que o conteúdo político se forje na luta. Temos que tecer uma rede possível de agregar, já fizemos isso nas conferências, já fizemos isso na jornada de lutas das juventudes, temos experiência e capital simbólico para aumentar essa rede. O Plebiscito é a oportunidade para que, além de espaços políticos, a juventude seja capaz de atrair novas vozes. Há uma juventude organizada no campo (pequenos agricultores, sem-terras, faxinalenses, indígenas, etc) que precisa não apenas ser ouvida, mas efetivamente suas pautas precisam entrar em nossos gritos de guerra.

Pescadores e pescadoras do litoral são outro exemplo. E aqui é que o bicho pega. Porque tratar de povos tradicionais e indígenas confronta o atual modelo de desenvolvimento baseado em commodities do latifúndio. Em suma: nossa tarefa é mudar o Brasil com a pluralidade, ninguém vai ser agregado se suas pautas não forem levadas a sério.

De qualquer modo, aquela sexta-feira 13 mostrou que é possível enfrentar esse desafio. Cresce em mim a esperança de que esse Plebiscito pode ser a alavanca para que mudanças profundas sejam efetivadas. Um ano em que não teremos congresso da UNE, da CUT, do PT. Ou seja, nossas energias podem ser canalizadas para junto com o povo se organizar e com Plebiscito Popular desorganizar os ricos desse país que são chupins da riqueza construída pelo povo brasileiro.

Vamos com gana e desejo de transformação levar o Plebiscito a todos os locais de moradia, de trabalho, de estudo. Alcançar toda a população com o Plebiscito é mais que nossa tarefa. É nossa missão.

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