Hoje (18), em reunião com a Secretaria de Recursos Humanos (SMRH), os agentes administrativos lotados na Secretaria Municipal da Saúde reafirmaram o pleito da Jornada de 30 horas, uma vez que as atividades exercidas são específicas da área da Saúde e exigem uma jornada reduzida, assim como já acontece com os demais profissionais.
Desde o dia 10 de dezembro, os funcionários administrativos da saúde passaram a cumprir a jornada de 40 horas, de acordo com a exigência do cargo. Antes disso, estavam cumprindo o horário otimizado de 36 horas. A partir de acordo na mesa de negociação, a SMRH deve apresentar, no dia 20 de janeiro, uma proposta de regulamentação da jornada já realizada antes de dezembro de 2013.
A segunda conquista da mesa de negociação se refere ao compromisso de apresentação de estudo comparativo técnico sobre o descritivo de função, para identificar se as modificações devem ocorrer no dimensionamento ou na redução da carga horária dos servidores.
Este estudo será feito no formato de amostragem representativa, buscando identificar a especificidade do trabalho do agente administrativo da saúde em relação às outras secretarias.
Trabalhadores estão na linha de frente do atendimento
Na reunião, foram relatados muitos motivos para comprovar a sobrecarga, a tensão e a falta de condições de trabalho nos equipamentos da área de saúde da PMC. Esses relatos demonstram que o agente administrativo da Saúde necessita de uma jornada de trabalho específica.
“Encaminhamos os pacientes para consultas, entramos em contato com todo o tipo de paciente, muitas vezes com dores e debilitados. Estamos sentindo a sobrecarga”, revelou a agente administrativa Paola Azevedo.
As difíceis condições de trabalho e infra-estrutura, ao lado da grande demanda no atendimento são incompatíveis com uma jornada prolongada de 40 horas. A partir de diversos relatos, o superintendente da SMRH, Christian Luis da Silva, reconheceu que existe alguma peculiaridade na dinâmica do trabalho do agente administrativo da saúde.
Os agentes administrativos estão na linha de frente dos equipamentos de saúde, executando diversas tarefas, muitas vezes incompatíveis com o cargo. “Nós nos reconhecemos como trabalhadores da Saúde justamente por esse contexto todo”, afirma a servidora Lucy de Farias.
Dia 20 de janeiro, após a reunião com a SMRH, será realizada no Sismuc uma assembleia com todos os agentes administrativos da saúde.