Novo PCCV dos guardas, quase lá

Os guardas municipais têm a chance de finalmente poder contar com um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) mais justo. Uma prévia da proposta foi aprovada em assembleia no último dia 13 e será submetida para aprovação final em nova assembleia marcada para o dia 3 de dezembro. 

Caso não haja novos empecilhos ou tentativas de sabotagem, a nova versão pode entrar em vigor já em 2014. A diretoria do Sismuc orienta pela aprovação da proposta atual com algumas alterações. 

“O novo PCCV é um avanço, pois valoriza os trabalhadores, permite o reenquadramento por tempo de serviço e também cria a oportunidade de crescimento em todos os níveis de atuação ou graduação”, diz o guarda e diretor do Sismuc Everson Camargo.

A proposta já debatida há algum tempo no Sismuc, visa a garantia de crescimento automático. Pela nova tabela, os guardas reduziriam o tempo para mudar de área de atuação, podendo ser supervisor em 6 anos e inspetor em 8 anos. Hoje, é preciso, no mínimo 13 anos para que isto ocorra. Assim, o guarda cresceria a cada 2 anos e por titulação em nível superior. A mudança ocorreria a partir de um concurso interno sem limite de vagas. 

Uma quarta área de atuação seria criada entre os guardas e supervisores, com nome ainda a ser definido. Deste modo, os guardas poderiam subir nos níveis ganhando salários equivalentes ao de supervisores e inspetores que se encontram no meio da tabela.

Para Camargo, esta é uma decisão acertada: “O modelo adotado atualmente trava totalmente à carreira”. Ele considera que os avanços não surgiram aleatoriamente, mas como fruto da mobilização histórica do segmento representado pelo Sismuc. “Os efeitos dessa mudança só ocorrem hoje devido a um trabalho longo realizado nos últimos anos. Estamos realizando com a vontade e o sentimento de mudar a realidade da nossa carreira e torná-la ainda mais digna”, avalia.  

Negociação paralela
O novo plano de carreira dos guardas municipais será aprovado após assembleia e discussão do Sismuc com a Prefeitura. “Negociações paralelas, feitas as portas fechadas com direções de outros sindicatos com vereadores é peleguismo e não têm força de representação. Esses diálogos pensam em beneficiar alguns e não pensam na totalidade na categoria. Vereador não tem poder para encaminhar leis neste sentido, pois é atribuição do prefeito”, explica Edilson Melo.