A greve dos educadores infantis de Curitiba aumentou. Diversos cmei´s que não haviam aderido a paralisação se juntaram ao movimento. Além disso, mais trabalhadores deixaram seu local de trabalho para reclamar isonomia com o magistério municipal. Ontem (26), o Sismuc contou pelo menos 120 locais atingidos. Hoje, esse número cresceu.
Sem os educadores, o atendimento das crianças está sendo feito por pedagogos, merendeiras e professores, descumprindo o descritivo de função, que delega esse atendimento aos educadores. No entanto, os trabalhadores do magistério também estão apoiando o movimento: ""A orientação do magistério é que o professor não receba as crianças", defende Rafael Alencar, presidente do Sismac.
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O Sismuc critica a demora da gestão em perceber o problema e ainda agravá-lo. "Se os cmei´s estão recebendo crianças sem educadores, onde está a qualidade do atendimento?", question Ana Paula Cozzolino, coordenadora geral.
Falta de profissionais
Um dos problemas centrais dos centros municipais de educação infantil (cmei) é a falta de profissionais para suprir ausências. Uma pesquisa obtida pelo sindicato mostra que pelo menos 200 educadores deixaram a educação infantil por causa da desvalozização. Por outro lado, os educadores, nas ruas, dizem que não querem se tornar professor, mas sim ver sua profissão valorizado. Eles questionam a postura da Secretaria de Educação: "Se tem gente no cmei para receber a criança hoje, por que falta para cumprir a hora permanência e preencher o quadro de funcionários no dia a dia", aponta Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.
Redução da carga horária
Rio de Janeiro, Natal, Blumenau, Londrina e Maringá são cidades que tem redução de jornada para a educação infantil.
Reunião
Os educadores têm uma nova reunião com a Prefeitura nesta quarta, às 13h30.