O recado foi dado: saúde de qualidade se faz com valorização. No último sábado, apesar de duas conferências distritais e mutirão na odontologia, servidores do SUEC, ESF, serviços de especialidades, vigilância sanitária, NASF e distrito sanitário foram às ruas da cidade mostrar sua insatisfação com a falta de avanços nas pautas da categoria. O ato foi realizado em conjunto com os servidores da secretaria de finanças, que, assim como os servidores da saúde, lutam pela incorporação de suas gratificações.
A concentração para a manifestação foi na Praça Santos Andrade. Assim que todos estavam reunidos, os servidores caminharam até a Boca Maldita, mostrando os cartazes e faixas com as reivindicações. Uma carta também foi distribuída à população, mostrando como a precarização do trabalho afeta diretamente o atendimento nas unidades. “Não se trata só do salário dos servidores, mas de uma melhoria nas condições de trabalho e no atendimento que é feito à população. A manifestação faz o debate com a sociedade sobre o modelo de saúde que nós queremos para Curitiba”, explica Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.
As reivindicações dos servidores da saúde não são poucas: a incorporação do IDQ, as 30 horas para os servidores excluídos, o fim das equipes mistas nas unidades de saúde, a contratação de servidores para suprir a demanda da abertura de 10 unidades até as 22 horas, o regime de trabalho de 12h/60h nas UPAs e a valorização dos trabalhadores dos CEOs e Amigo Especial são as pautas.
Diversas reuniões foram realizadas com a Prefeitura, mas não houveram avanços na valorização dos trabalhadores. A gestão propõe uma reformulação no IDQ e afirma que as 30 horas estão em fase de estudo – o prazo para a questão ser resolvida é o mês de setembro. Na próxima segunda-feira (9), os servidores se reúnem em assembleia, às 19h, para deliberar sobre os próximos passos da mobilização.