Servidores querem melhorias nos Armazéns da Família, aponta pesquisa

Uma pesquisa realizada pelo Sismuc junto aos servidores que atuam nos Armazéns da Família indica que a maioria aponta a falta de pessoal como o principal problema. O acúmulo de serviço estaria entre os fatores que provocam problemas de saúde. Além disso, 90% diz que o mobiliário disponibilizado nos locais de trabalho é inadequado. Lesões ou inflamações em nervos e articulações são comuns no segmento. Não por acaso, 58% dos entrevistados acreditam que adquiriram doenças do trabalho.

Para o coordenador do Sismuc Juliano Soares, “a pesquisa apresenta dados que a Prefeitura deveria ter, mas parece que dá as costas a real situação aos servidores que estão adoecendo no local de trabalho, pela jornada excessiva e pelas condições de trabalho”. 

Como exemplo ele cita uma outra reivindicação que aparece nos dados coletados, relacionados à escala semanal de trabalho. Hoje os servidores atuam de terça a sábado, mas a maioria do segmento defende a mudança para segunda à sexta-feira.

Estes e outros dados serão enviados à Prefeitura na próxima semana para apontar os problemas que existem nos locais de trabalho. O objetivo é convencer os gestores e reverem algumas questões, entre elas a necessidade de abertura de concurso público. 

A pesquisa realizada pelo Sismuc foi aplicada em forma de questionário entre os dias 10 e 21 de junho nos 31 Armazéns da Família da cidade. Foram ouvidos 196 servidores. 

Negociação
Na última reunião de negociação da mesa permanente, realizada no dia 2 de julho, o superintendente do abastecimento Marcelo Franco Munaretto, garantiu que todos os teclados e visores dos PDV’s serão substituídos em 15 semanas. A troca deve garantir maior ergonomia nos equipamentos a serem operados pelos agentes administrativos que operam os caixas dos Armazéns da Família. Além disso, ele garantiu que estão sendo realizadas visitas técnicas para avaliar as condições de trabalho e os equipamentos dos armazéns.

Conforme apresentado pelos gestores, hoje seriam 126 checkout’s que não estão de acordo com as normas de ergonomia do trabalho. A Prefeitura se compromete em fazer a troca somente de quarenta deste total para se adequar as normas. O sindicato pretende debater todas as questões com os gestores na próxima reunião.