Educadores expõem insatisfação com prefeito em ato dos movimentos sociais

Isonomia com o magistério está entre as principais reivindicações dos servidores municipais

Educadores da Prefeitura de Curitiba foram às ruas hoje para cobrar valorização. Eles se juntaram ao ato organizado por várias entidades sindicais e movimentos sociais, realizado na manhã deste sábado, no centro da cidade. Com camisetas em verde amarelo, cartazes, faixas e megafones, os educadores querem que o prefeito Gustavo Fruet garanta isonomia em relação aos professores do magistério. A diferença começa no salário, uma vez que um educador ganha quase metade do que um professor. Outra diferença é a jornada de trabalho, já que professores têm jornada de 4 horas, enquanto que os educadores trabalham 8 horas por dia.

Patrícia Soares, educadora, diz que veio para o ato por uma série de motivos. Entre eles o desrespeito à hora-permanência, a redução da carga horária e a questão salarial. “A gente tem que estar unidos, mostrar que o educador tem poder”, diz.

Outra educadora, Maria Araújo, aponta que “a Prefeitura prega prioridade à criança, mas não é o que acontece, começando pela quantidade insuficiente de educadores”. Ela cita também problemas relacionados à terceirização da alimentação das crianças e a falta de condições de trabalho.

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Restrospectiva

A atividade de hoje havia sido aprovada em assembleia realizada no último dia 18. Além da mobilização nas ruas, panfletos também serão entregues nos locais de trabalho. As questões apontadas são recorrentes e já fazem parte da pauta de reivindicações do segmento, porém, não avançaram nas negociações com a Prefeitura.

Na avaliação da coordenadora geral do Sismuc Ana Paula Cozzolino, o ato expôs a insatisfação dos servidores com a atual gestão.  “Foi o primeiro passo na nova luta de reivindicações. A gente pede para que essa nova gestão olhe com mais cuidado para essa categoria que é tão importante e essencial na educação infantil de Curitiba”, diz ela.

Pauta geral

O ato encerrou na praça Santos Andrade, após uma caminhada na Rua XV. Além da pauta dos educadores, o movimento reuniu as principais pautas dos movimentos sociais, para exigir mudanças concretas a partir da pressão aos governos federal, estadual e municipal, conforme explicado por André Machado, um dos organizadores.