Valorização do educador é a palavra de ordem

A insatisfação cresce entre os educadores da Prefeitura de Curitiba. O não cumprimento das promessas de campanha por parte da nova gestão tem agravado os problemas nos centros municipais de educação infantil. Levantamento da categoria confirma o descumprimento da lei da hora-permanência, a falta de funcionários e comprometimento do atendimento às crianças, que resulta no grande número de afastamentos para tratamento de saúde (LTS) por causa do esforço dobrado. Também apontaram as más condições de trabalho e de alimentação e que o assédio moral ainda é exercido. Diante desse cenário, os educadores deram ultimato na assembleia: ou melhora ou o “cmei vai pra rua”.

As principais reivindicações são a valorização da educação infantil, que é a redução da carga horária, aposentadoria especial, formação e capacitação permanente, dimensionamento adequado de trabalhadores, cumprimento da hora atividade e realização de concurso público. Neste ano, a Prefeitura contratou 130 novos educadores mediante concurso público. No entanto, pelo menos a metade já deixou a carreira para assumir o cargo de professor. Outros 60 educadores foram convocados. Número insuficiente, segundo Ana Paula Cozzolino, coordenadora do Sismuc: “Cada cmei precisa de quatro ou cinco educadores. São mais de cem cmei’s e, além disso, precisamos de outro dimensionamento com trabalhadores volantes dentro do cmei e também nos núcleos regionais para suprir as licenças de até quinze dias e acima de quinze dias”, contabiliza.


Para Adriana Kalckmann, coordenadora de comunicação, as promessas de campanha não estão sendo cumpridas: “Eles alegam ser uma gestão nova. Nós, servidores, passamos por estágio probatório. Nossa avaliação, nesses seis meses, é que a Prefeitura não está passando em seu estágio. A gente vê que as pessoas que estão na mesa de negociação são as mesas da gestão passada. Então, elas não podem dar desculpa da falta de conhecimento”.


Ultimato
O sindicato vai encaminhar ofício para a gestão com as reivindicações dos educadores. Os servidores entendem que a Prefeitura deve dar respostas pontuais para os problemas imediatamente. 


Mobilização
A próxima assembleia ocorre no dia 2 de agosto para avaliar as respostas da Prefeitura. Dentro deste período será feita panfletagem junto à comunidade apontando os problemas na educação infantil. Também será realizado um ato público na Boca Maldita no dia 29 de junho com a camiseta de luta:“Queremos educação com padrão FIFA”. 
 
Copa FIFA
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