Pais vestem a camisa em paralisação no Caiuá Ilhéus

Comunidade adere à reivindicação por mais servidores e cumprimento da hora permanência em cmei.

A paralisação de 50 minutos dos educadores do Cmei Caiuá Ilhéus teve uma importante adesão: a participação dos pais. Eles vestiram literalmente a camisa do sindicato e protestaram contra a falta de profissionais, o que impede a realização da hora permanência e o planejamento das atividades infantis. O local precisa de cinco novos profissionais, uma vez que o quadro de crianças está completo. No entanto, o Núcleo de Educação do CIC vinha adiando a solução do problema desde março.


Uma mãe, Daiane, que vestiu a camisa e assinou o abaixo assinado solicitando mais profissionais, disse que sabe da falta de professores no pré e cobra que a Secretaria de Educação solucione o problema. “Eu apoio muito essa paralisação porque o pré e todas as salas estão superlotadas e há falta de educadores. Elas não têm permanência e não conseguem fazer planejamento”, critica a mãe. Segundo as educadoras, o cmei precisa de dois professores e três educadores. Sem eles, as crianças estão sem atividades no pré e no M3. Mesmo assim, o núcleo optou pelo preenchimento do quadro infantil no início do ano.


O ato ocorreu justamente pela falta de iniciativa do núcleo em solucionar o problema, de acordo com uma educadora. “Eles (núcleo) nos prometeram no dia primeiro de abril. Passou a data e nós ainda estamos aguardando. Com isso, as crianças estão chegando e apenas brincando no cmei, não fazem mais nada”, expôs.
 
Para o Sismuc, a situação é preocupante neste cmei e em toda a rede. “O núcleo sabe que falta educadores. Isso, infelizmente, não é ‘privilégio’ do Caiuá Ilhéus. Toda rede está com falta de profissionais. A diferença é que essas educadoras decidiram expor o problema”, relata Eduardo Recker, coordenador de formação do sindicato.


Na segunda-feira, os pais prometem manter a mobilização.  Eles se comprometeram a entregar seus filhos vestidocs com a camisa da Campanha de Lutas 2013. “Todos os pais deveriam estar aqui e apoiando as meninas. Porque elas passam, às vezes, mais tempo com nossos filhos do que a gente. Elas só querem o direito delas como profissionais, por isso, os pais tem que lutar com elas”, se solidariza outra mãe.


Recomposição
Após a paralisação de educadoras e pais, o Núcleo de Educação disse que dois professores serão remanejados para o Cmei Caiuá Ilhéus já nesta segunda-feira (22). Além disso, devem ser providenciados nos próximos dias os demais educadores que estão faltando.

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