Gestão concorda em debater avanços pelo plano de cargos dos guardas

A reunião de negociação da pauta específica dos guardas municipais da Prefeitura de Curitiba resultou em algumas importantes promessas de revisão das condições atuais. O debate realizado ontem (16), no edifício Delta, terminou com a possibilidade dos guardas finalmente revisarem o plano de cargos, carreiras e vencimentos (PCCV). A proposta é incluir discussões a respeito da valorização dos salários, garantindo isonomia em relação aos demais servidores que obtiveram a incorporação de remunerações variáveis. Os trabalhos devem iniciar neste dia 18.

Outro passo importante é a possibilidade dos guardas requererem um adicional de insalubridade para os que trabalham em ambiente exposto a agentes nocivos. O estatuto próprio da guarda também foi tema das conversas. Reivindicação antiga do segmento, o estatuto será debatido internamente pela Prefeitura e, em seguida, com o sindicato. 

Condições de trabalho
A pauta dos guardas trazia também questões relacionadas a instrumentos de trabalho como comunicadores, uniformes e equipamentos de proteção individual, como o CDC (Controle de Distúrbio Civil). O inspetor Frederico de Carvalho, diretor da Secretaria de Defesa Social, garantiu que o objetivo é ampliar a cobertura do rádio e disponibilizar móveis adequados para armazenamento de equipamentos como armas e munições em todos os locais de trabalho. Além disso, ele afirma que “todos os guardas têm espargidor”, espécie de spray não letal utilizado para dispersão de tumultos.


Depois de questionado pelos representantes dos servidores, a Secretaria concordou em disponibilizar um canal de comunicação para informar condições inadequadas de trabalho. Os informes devem ser enviados ao RHSO, para o seguinte endereço: teka@smrh.curitiba.pr.gov.br. 


Outras questões
Já os problemas relacionados à jornada de trabalho devem ser discutidos a partir de uma proposta que o sindicato irá apresentar, trazendo também novas opções de escala de trabalho. A isenção no transporte coletivo é outro ponto acordado e que aguarda agora um estudo da Prefeitura para verificar a adequação à lei. Outro item que permanece pendente é a aposentadoria especial, que, segundo informado pelos gestores, está sob análise da Procuradoria. 


Sem acordo
A eleição das chefias continua como um impasse. Segundo Frederico, a proposta não avançará porque “isso é interferir na gestão”. 


Participaram da reunião os diretores do Sismuc Edilson Melo e Diogo Monteiro, além de outros guardas municipais eleitos para participar da comissão (Everson Camargo, Isaias Rufino, Eliezer Gouveia e Marco Rocha), a Secretária de Recursos Humanos Meroujy Cavet, e representantes da Secretaria de Defesa Social.