Os educadores sociais da Fundação de Ação Social (FAS) se reuniram ontem (10) com a presidente do órgão, Márcia Fruet. Eles se mobilizaram para apontar série de irregularidades cometidas pela gerente de serviço social na Central de Resgate, que fica na Rua Conselheiro Laurindo. Ao fim da reunião, a presidente da FAS anunciou a substituição da servidora, além de agendar outra reunião para o dia 7 de maio, às 9 horas. O objetivo dessa vez é detalhar a pauta dos trabalhadores e oferecer melhores condições de trabalho no equipamento.
Segundo os educadores sociais, a gerente estava assediando a todos. Uma das práticas era criar privilégios para alguns usuários no Creas Pop, em detrimento dos servidores e demais assistidos. Um educador conta, por exemplo, que a organização dos horários de atendimento era sempre desrespeitada pela ex-gerente: “O horário de atendimento e a organização não eram respeitados pela ex-gerente”, relata um educador que pediu para ser preservada a identidade. Ameaça sobre laudos médicos e outros desconfortos também foram listados na reunião.
Em relação à reunião do dia 7 de maio, os servidores devem encaminhar relatório sobre as dificuldades para desenvolver seu trabalho nos equipamentos. Foram listadas a necessidade de maior acompanhamento da Guarda Municipal, reforçando a importância da segurança do local, revisão do contrato do albergue, avaliação da superpopulação dos moradores de rua, a questão do assistencialismo, efetividade da política, e os protocolos de atendimento.
Para Alessandra Oliveira, diretora da CUT, tanto a reunião sobre a chefia como a nova mesa no dia sete mostra um avanço na mobilização dos trabalhadores e no reconhecimento da gestão. “A importância dessas reuniões com a gestão demonstra o interesse dos trabalhadores para que haja uma política de assistência que realmente atenda todas as necessidades dos usuários e servidores na garantia do direito do serviço e das condições de trabalho. Isso é sinônimo de valorização”, contextualiza.
