Esperamos avanços com a Campanha de Lutas

 O dia 19 de fevereiro marca um momento muito importante para mim, que participei do ato de entrega das pautas da Campanha de Lutas 2013 dos servidores públicos municipais. Foi uma das coisas mais interessantes que vivi, pois observei como um sindicato se organiza, o que esta em “JOGO” nos interesses e como tudo isto funciona, afinal, não deixa de ser uma parte importante da coisa pública no qual o interesse maior neste momento é ouvir o servidor.

 Participei deste ato por me comprometer junto ao sindicato que faço parte e por acreditar que nós servidores públicos estamos reivindicando atenção da nova administração e do prefeito eleito Gustavo Fruet. Em suas falas durante o período eleitoral, ele nos fez acreditar que as dificuldades dos servidores públicos vão passar. São elas os baixos salários, a política de remunerações variáveis, a falta de estímulo na carreira, a competição desigual, entre outros. Como uma dos representantes do sindicato, acredito que é possível, através dessas conversas, alcançar resultados positivos. Mas não podemos deixar o comodismo tomar conta de nós, pois a luta é nossa e temos que fazê-la da forma que for necessária.

Analisando o ato em si, acho que foi muito positivo. Um exemplo foi a oportunidade de conviver harmoniosamente em um mesmo momento e local, como ocorreu entre servidores de diversos segmentos, guardas municipais, Polícia Militar e Setran. Para mim, isto prova que estamos vivendo novos tempos na administração, mas não garante as mudanças como um todo, não podemos esquecer o nosso papel como servidores sindicalizados.


Acredito que estamos vivendo um período de mais diálogo com a administração. Por isso, devemos buscar o que será bom para todos com objetivo de diminuir os afastamentos de servidores doentes, que precisam de apoio ou têm receio em se aposentar e não conseguir sobreviver com dignidade após terem se colocado a disposição do serviço público. Nessa ótica, participarei de todas as mobilizações possíveis sempre agindo pelo bom senso, legalidade e impessoalidade.


Por fim, peço que todos os servidores – sindicalizados ou não – tenham um olhar crítico neste momento. Somos o 4ª orçamento do Brasil. Ou seja, apesar da falta de dinheiro dita pela prefeitura, não podemos nos conformar com a falta de recursos. A crise não é problema do servidor, é problema do município e da gestão passada. Para corrigir as distorções e punir os infratores existe a lei de responsabilidade fiscal. Quanto ao novo governo, espero que saiba equilibrar as dividas sem punir o servidor com “congelamento salarial”. Deixemos as incompetências para a administração derrotada nas urnas e coloquemos as responsabilidades nas mãos de quem, por voto, conquistou a confiança do povo curitibano e da maioria dos servidores municipais.