Reunião do Conselho joga problema para próxima gestão

A reunião da Comissão de Saúde da Pessoa com Deficiência do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba foi marcada pela ausência de resoluções para os problemas publicados pelo Sismuc na série Vítimas da terceirização. Há menos de 25 dias do fim do mandato de Luciano Ducci, a tendência é que os familiares e deficientes só vejam mudanças a partir do próximo ano. O debate realizado hoje (6), no edifício Laucas, sede da Secretaria Municipal de Saúde, contou com a presença de pais de pacientes, cirurgiões-dentistas da unidade de saúde Amigo Especial, gestores, conselheiros e diretores do Sismuc. 

Após os relatos dos profissionais e pais, a superintendente de gestão da Secretaria Municipal de Saúde Anna Paula Penteado pediu a eles para que apresentassem as denúncias em ouvidorias da Prefeitura ou órgãos da justiça. Ela colocou em questão a veracidade das denúncias e também alegou que as matérias publicadas pelo sindicato teriam conteúdos “mentirosos”.

O presidente do Conselho Luiz Carlos Pinheiro entende que o fórum é consultivo e tem o poder de cobrar a administração pública. “Todas as questões levantadas aqui devem ter retorno do gestor”, diz.


Carla Vanessa, coordenadora do Sismuc, questiona a forma como o problema vem sendo tratado. Segundo ela, as denúncias não podem ser particularizadas porque o problema é estrutural. “Precisamos mudar o modelo de gestão para resolver o problema definitivamente”, afirma.


Penteado garante que uma auditoria está em andamento e que as denúncias apresentadas estão sendo investigadas. Se os problemas forem constatados, ela admite que o convênio entre a Prefeitura e o Hospital do Trabalhador pode ser rompido.