Pesquisa revela aumento da escolaridade de negros no Brasil

Uma pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudo Sócio-Econômicos (Dieese), hoje (20), Dia da Consciência Negra, mostra o aumento da escolaridade de negros no Brasil. A situação decorre de políticas públicas voltadas para esta parte da população como universalização do ensino fundamental, aumento da cobertura do ensino médio e políticas de cotas nas universidades.

Os dados mostram que a população da maior parte das regiões pesquisadas alcançou a média de 9 anos de estudo em 2011, 1 ano a mais do que em 2001. No que diz respeito ao ensino superior também há evolução. Apenas 1,9% dos negros havia chegado a este nível escolar em São  Paulo, em 2001, enquanto entre os não negros 5,8% estavam na mesma situação. Passados dez anos, esses percentuais progrediram para, respectivamente, 3,5% e 6,6%.

“Historicamente, a escolaridade dos negros sempre foi menor que a dos não negros. Essa situação resulta de uma cadeia de desvantagens sociais que se acumularam ao longo do ciclo de vida dos indivíduos e de suas famílias e que se manifestam na forma de desigualdades de oportunidades educacionais”, aponta o relatório do Dieese. As desvantagens no mercado de trabalho estariam entre os principais fatores para as dificuldades de acesso à educação.


Os dados da pesquisa consideraram as regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e no Distrito Federal entre 2001 e 2011.