O resultado das eleições e o Dia do Funcionário Público

Nos dois últimos anos vivemos intensos movimentos. Categorias que historicamente nunca tinham feito greve, como por exemplo, guardas, dentistas e excluídos da saúde, foram às ruas com  apitos e palavras de ordem.Todos estes movimentos tem como pano de fundo a falta de diálogo, a intransigência e a truculência por parte da administração municipal.

 

Os servidores tinham certeza, as coisas precisavam mudar. E com este objetivo foi feita  uma intensa mobilização. Vários coletivos, organizados no Sismuc, encaminharam propostas e conversas com candidatos a vereadores e prefeito. O sindicato entregou suas pautas e colocou a sua posição sobre as políticas públicas e gestão de pessoas. O resultado das ações pode ser vista nos programas de televisão no qual por diversas vezes, vários candidatos citaram a equiparação dos educadores com o magistério, redução de jornada de trabalho para 30hs semanais, novos concursos para saúde e segurança, entre outras pautas.

Alcançamos uma vitória importante e que marca a organização dos servidores. Foi a primeira vez que o atual prefeito não chegou ao segundo turno. O que marca o fim de uma trajetória de uma concepção de gestão que não se atualizou perante os problemas da cidade e que não promoveu uma construção em conjunto com os servidores.


Tivemos um segundo turno riquíssimo em debate. O sindicato promoveu sabatinadas com os candidatos com intenção de empoderar o servidor do direito de esclarecer dúvidas. Fazia anos que não tínhamos a chance de uma conversa séria e respeitosa. Para muitos foi a chance de falar tudo aquilo que estava engasgado, oprimido pela cultura do medo de falar e perder o PPQ.


Neste domingo, dia do servidor público, ganhamos um novo prefeito. E começamos uma experiência nova. Ainda é cedo para avaliar como será o processo de negociações, como será o diálogo com o sindicato. Mas sabemos o que não queremos. Não queremos que as mudanças no ICS sejam feitas sem esclarecer os servidores, não queremos “mesas de imposição”, onde a administração vem com respostas prontas sem a intenção de buscar o debate.


E qual será o posicionamento do sindicato? O sindicato não muda de posição. A razão de existência do sindicato é a defesa dos trabalhadores e autonomia perante os governos. O Sismuc é pautado por estes valores, e que devem sempre nortear a nossa luta.