Mirian Gonçalves anotou a pauta dos servidores

Após sabatina com Ratinho Jr, o Sismuc entrevistou a candidata a vice-prefeita Mirian Gonçalves, uma vez que o candidato Gustavo Fruet argumentou conflito de agenda.  Anotando nomes dos servidores e temas, a advogada trabalhista procurou responder a todas as perguntas. Ela destacou a necessidade de rever os ‘penduricalhos’ provocados pelas remunerações variáveis, que ocorre através da análise das incorporações, criticou o ‘primeiro damismo’ e o inchaço da Fundação que sobrecarrega os trabalhadores. Mirian também abordou a educação quando disse que não adianta aumentar o número de vagas em cmei’s sem focar em qualidade no serviço prestado. Na saúde, se comprometeu com a pauta dos excluídos e da valorização profissional, além do combate às terceirizações. Outro ponto importante foi a reestruturação e recuperação do IPMC (Instituto de Previdência do Município de Curitiba) e do ICS (Instituto Curitiba de Saúde).


Segurança, com investimento na formação e treinamento, além da Corregedoria, cultura, com destinação de 1% da verba municipal e recuperação dos espaços públicos, IPPUC, com fortalecimento da sua estrutura, e outros pontos também foram debatidos. Confira a seguir resumo da sabatina.


Práticas antissindicais e defesa dos Trabalhadores
Atualmente como advogada do Sindicato dos Bancários, a candidata lembrou que já advogou para o Sismuc e APP-Sindicato. Ela defendeu o direito dos servidores fazerem greve e até achou exagerada a quantidade de serviços considerados essenciais (o que enfraquece o movimento). Mirian ressaltou a importância da organização dos servidores e prometeu bastante diálogo. Mirian brincou: “Eu digo pro Gustavo pra não deixar eu negociar com o Sismuc porque eu concedo tudo”.


Guarda Municipal
A representante de Gustavo Fruet prometeu a criação da Corregedoria da Guarda Municipal, além da Academia, com capacitação e treinamento. O estatuto da Guarda também será discutido. Quanto à equiparação com PM e Civil ou Polícia Federal, a candidata a vice explicou que isso não é possível, pois são esferas de governos com arrecadações e obrigações diferentes, mas que a valorização salarial está nos planos.

Educação Infantil
Uma das prioridades do plano de governo, segundo Mirian Gonçalves. Comprometeu-se com 30% do orçamento para a educação e de discutir a eleição de direção escolar. Ela observou que a educação da população não melhora apenas com mais vagas em cmei’s: “A gente não quer apenas mais vagas. A gente quer mais vagas com qualidade”, destacou. A candidata ainda garantiu a equiparação da carreira dos educadores com a de professores.

Saúde: Excluídos das 30 horas
A pauta dos excluídos das 30 horas da saúde já é de conhecimento de Gustavo Fruet, segundo a sua vice. Ela comentou que houve reunião entre o Gustavo e representantes dos excluídos. A redução de jornada será analisada e o diálogo já está aberto. Portanto, para os excluídos e outros segmentos, a redução de jornada tem que ser conquistada no diálogo.

Fundação Cultural de Curitiba
Os servidores da cultura teceram duras críticas a política atual que desvaloriza o setor em Curitiba com a redução dos trabalhadores e a terceirização do setor ou o fechamento de espaços culturais como cinemas. Mirian destacou 1% do orçamento apenas para a cultura. “Cultura é um termo amplo e diversificado. Nós iremos lidar com isso”, disse. Há a possibilidade da FFC e a FAS virarem secretarias.

Saúde
A saúde pública e dos servidores municipais está falida, na avaliação da candidata a vice. Esse é outro ponto que o próximo governo deve se debruçar bastante. “Isso é inaceitável em uma cidade com uma renda tão grande”, se indigna. O compromisso é de investir na área e rever os salários e plano de carreira.

ICS e IPMC
O modelo adotado nos Institutos foi alvo de crítica da candidata. Para ela, houve sucateamento de ambos. A candidata foi informada da falta de médicos e serviços.  “O ICS está sucateado e tem que ser revisto. Isso é um comprometimento nosso”, destacou.

Remunerações variáveis
Os servidores apontaram que um dos seus principais problemas é a baixa valorização salarial. O Sismuc apontou perdas salariais de 14% nos últimos anos e criticou os programas de remuneração variável como instrumento de chantagem. A candidata disse que um objetivo é recuperar o salário dos servidores e também questionou aquilo que ela chama de penduricalhos no contracheque: “As remunerações variáveis parecem um cabide. Tem o salário e várias coisas penduradas nele”, ressaltou.

FAS
A opinião da candidata a vice é de que a Fundação de Ação Social deve ser reestruturada. Para ela, a FAS concentra muitas atividades e tem sido utilizada de maneira equivocada. Mirian ressaltou o trabalho dos servidores e educadores sociais, mostrou conhecer a pauta da gratificação de 30%e defendeu a criação de uma Secretaria da Assistência Social, sem que isso signifique demissão de servidores, nem corte de direitos.