Sismuc se reuniu hoje (23) com os atuais gestores da educação. O objetivo foi discutir documento que a Prefeitura de Curitiba encaminhou tratando das “orientações para reposição de horas e dias letivos decorrentes de paralisação em 2012 na rede municipal”. As paralisações ocorreram nos dias 14 e 15 de março, com o objetivo de os servidores conquistarem reajuste salarial durante o calendário de lutas. Além disso, o sindicato também questionou sobre a reposição do dia 26 de março.
Durante a mesa, a gestão ressaltou a necessidade de se repor os dias letivos parados. No entanto, os gestores não sinalizaram para uma negociação em relação aos impactos provocados pela falta (repercussão nos pontos para crescimento) e pelos descontos nas gratificações.
O Sismuc criticou essa decisão. Para o sindicato, se os dias forem repostos não há porque tentar penalizar o servidor. “Se o calendário letivo está sendo contemplado, qualquer iniciativa de desconto seja na folha ou na vida funcional é perseguição ao direito de greve e de mobilização do servidor”, explica Ana Paula, coordenadora-geral.
Mesmo assim, a Secretaria de Educação não discutiu os reflexos da vida funcional. Ela encaminhou o debate para Procuradoria Geral do Município. Cabe também a PGM avaliar quais serão os reflexos em relação à paralisação do dia 26 de março, item que não estava na orientação encaminhada pela Superintendência de Educação.
Em virtude disso, o Sismuc orienta que tantos os educadores quanto os trabalhadores de escola façam a reposição referente aos dias 14 e 15 de março. Aqueles que participaram da paralisação ganham o dia normal. Já aqueles que não participaram da paralisação devem receber hora-extra. Por outro lado, o sindicato afirma que buscará todos os caminhos para que os trabalhadores não sejam prejudicados pela atual gestão na sua vida funcional e financeira.