Técnicos das universidades estaduais iniciam greve

Os técnicos administrativos das universidades estaduais do Paraná estão iniciando uma mobilização grevista. A categoria reclama da falta de condições de trabalho, da atual estrutura da carreira e direitos já consolidados que não estão sendo cumpridos. De acordo com o que vem sendo divulgado pelos sindicatos, o governo Beto Richa não vem implementando o que havia sido prometido.

Depois das ameaças de greve, em reunião realizada no dia 9 de agosto, o governo prometeu que não haveria perdas na proposta de reestruturação da carreira e se comprometeu a apresenta uma minuta do documento. Um esboço da proposta foi apresentada com conteúdo diferente daquilo que vinha sendo negociado, o que irritou a categoria.

“O governador vem fazendo muitas promessas e o Tribunal de Contas já se manifestou dizendo que ele não investe em infra-estrutura e em áreas prioritárias. Entendemos que ele tem que cumprir os compromissos que assumiu na campanha. No caso das universidades, o que se tem visto é a ameaça à autonomia das instituições, corte de orçamento e de contratação de pessoal. São atitudes que vão contra o interesse das universidades e contra o princípio da universidade publica, gratuita e de qualidade”, explica Eber Rossato, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar).

Os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) entram em greve a partir do próximo dia 11. Recentemente a instituição foi considerada a 19ª melhor universidade da América Latina, segundo o Laboratório Cybermetrics, grupo de pesquisa do Conselho Superior de Investigações Científicas, da Espanha. “Nós estamos fazendo nosso trabalho, apesar da falta de condições. O que nos queremos é o reconhecimento desse esforço”, sustenta Rossato.

Em Cascavel os técnicos administrativos da Unioeste estão parados desde o dia 4. Na UEPG (Ponta Grossa) e na UEL (Londrina) a greve inicia nos dias 11 e 12, respectivamente, e, na Unicentro (Guarapuava), eles decidem hoje se também integrarão a greve estadual.